...AOS QUE A DEFENDEM
RICARDO ARAÚJO PEREIRA
O apresentador de Isto é Gozar com Quem Trabalha, no qual Joana é guionista, tem uma explicação simples para o seu sucesso: “Ela é uma humorista que está interessada em fazer humor”, ou seja, “optou por deixar a salvação do mundo para a Miss Universo e a genialidade atormentada para as estrelas de rock e dedicou-se à tarefa de fazer rir os outros”. Acrescenta que, “numa época em que tantas pessoas são relações públicas de si próprias, construindo com cuidado nas suas redes sociais a imagem que desejam projetar, é especialmente engraçado que apareça uma maluca a dizer que essa vaidade é ridícula”.
HUGO VAN DER DING
Confessa que faz “tanta coisa” que nem sempre tem tempo para acompanhar o trabalho da Joana, mas considera que “é óbvio que ela é ótima, e por isso mesmo desperta paixões”. Se há quem não goste dela, é porque “calhou-lhe ser muito bem-sucedida no que faz numa altura em que as redes sociais estão em voga”, porque ela é “o espelho do ridículo do que as pessoas põem na Internet”. “O mais importante, no entanto, foi ter sido, na geração dela, quem deu um pontapé na porta em relação às mulheres no humor.”
JEL
Para ele, o humor de Joana “insere-se num estilo bastante em voga, a reação ao que aparece nas redes sociais – e o que não falta são coisas ridículas.” O que a destaca, no entanto, é “a habilidade com que ela o faz, o sarcasmo e acidez que usa, as técnicas humorísticas que domina e o olhar frio” que emprega, como se fosse “uma espectadora do circo mediático do Instagram”, especializando-se em “pessoas que têm o ego muito inchado, e que muitas vezes se apresentam como profetas”, pessoas que “são sempre alvo de comédia” – uma técnica aprimorada ao longo de anos e que Joana “domina na perfeição.”
ANTÓNIO RAMINHOS
Defende que Joana é, acima de tudo, “uma observadora” que “pega nas particularidades de cada um e da própria realidade e vira os nossos olhos e ouvidos para lá” através “do sarcasmo e da ironia”. Acredita que “a química com Ana Galvão e Inês Lopes Gonçalves também é um fator fundamental”, e afirma que segue o Extremamente Desagradável “pelos comentários dela, mas também pelas personagens que traz”, ainda que goste mais de alguns episódios do que de outros.
MAFALDA CREATIVE
Comprou bilhete para a Meo Arena e tem uma ânsia secreta: “Estou há anos a querer que ela goze comigo e não goza.” Adora quando os alvos do Extremamente Desagradável “vão para as redes sociais reclamar dela – é uma novela mexicana que parece encenada mas é mesmo real”. Diz que Joana “teve muita sorte com as colegas do programa”, com quem alcançou o feito de captar “o público mais velho, da Renascença, e o mais novo, das redes sociais” – “se não fosse por ela, não ouviria rádio”.