Contas no fim
OMundial de futsal não começou para Angola como queríamos, mas vamos continuar a lutar. A primeira parte do jogo com o Afeganistão, com alguns erros defensivos, tirounos praticamente da discussão do resultado. Ofensivamente, também não estivemos ao nosso nível e o guarda-redes adversário teve o seu mérito nesse particular. Nos últimos dias, o mais importante foi a recuperação anímica dos atletas e a correção de alguns processos defensivos. Fizemos um percurso extraordinário nestes últimos dois anos e meio, é preciso também tê-lo presente quando vivemos momentos menos positivos.
Em termos gerais, tem sido um Campeonato do Mundo quase sempre muito disputado. Digo disputado porque, em alguns momentos, algumas seleções têm apresentado a sua superioridade de forma normal, efetiva e factual. Já apareceram alguns “outsiders”, mas penso que a última jornada da fase de grupos colocará as melhores equipas na próxima fase. Portugal entrou em grande, muito confiante, e sobretudo muito eficaz, a marcar território. Não seria de esperar outra coisa. Houve qualidade nos processos defensivo e ofensivo, dez golos marcados e, arrisco-me a dizer, mais alguns guardados – os de Zicky.
Paraguai, França e Holanda têm conseguido impor o seu jogo e estão a trazer muita qualidade à prova. O nível organizativo está a ser uma surpresa pela positiva, com muito público, muita segurança e um excelente espetáculo para os amantes da modalidade. As excelentes unidades hoteleiras e as deslocações curtas para treinos e jogos permitem uma preparação mais cuidada e atempada de todas as comitivas.
Escrevo na véspera do nosso segundo jogo e espera-me uma noite longa para completar o trabalho de observação e análise sobre a Ucrânia para que estejamos preparados da melhor forma possível. Afinal, a nossa resposta tem sempre de dignificar Angola e os angolanos.
Convido-vos a ver o Angola-Ucrânia esta quarta-feira, às 13h30 (Sport TV1), hora do almoço. Admito que estas quatro horas de diferença horária ainda nos baralham a alma.
Saudações desportivas!
Portugal entrou em grande, muito confiante, e sobretudo muito eficaz, a marcar território
Selecionador de Angola