Francisco Conceição dá razão a Martínez
Portugal ganhou o primeiro jogo de preparação para o Europeu. Ganhou, desde logo, para o susto que apanhou na segunda parte, quando adormeceu à sombra da vantagem de três golos e se viu, de repente, destapado e com apenas um de crédito. E ganhou Francisco Conceição, que sofreu a grande penalidade para Jota fazer o 2-0 e depois assistiu Bruno Fernandes para o bis que confirma o capitão do United como o grande protagonista desta Seleção de Roberto Martínez. Para o extremo, que acabou ovacionado pelo Estádio de Alvalade, o jogo serviu para afastar as dúvidas sobre a importância que pode ter enquanto “espalha-brasas” de serviço e caucionar a escolha de Martínez. Claro que nem tudo correu bem, mas até considerando as ausências – Diogo Costa, Bernardo Silva e João Félix não foram a jogo, Pepe e Nélson Semedo foram poupados, Ronaldo e Rúben Neves ainda não chegaram e Matheus Nunes chegou demasiado tarde para ser opção – é evidente que há margem para a Seleção melhorar nas duas semanas que faltam até à estreia no Europeu. Ainda assim, para lá da inevitável falta de automatismos nesta fase, fica sobretudo o aviso em relação à concentração competitiva. Se a
Finlândia, que é a Finlândia, consegue aproveitar um momento de desconcentração para fazer dois golos fáceis, não é difícil perceber a importância de manter o foco do princípio ao fim.
Entretanto, a Seleção Nacional de sub-17 tem hoje a oportunidade de mostrar como se faz, vencendo a final do Europeu do escalão frente à Itália. Para quem é supersticioso, da última vez que a Seleção de sub-17 ganhou o Europeu, a Seleção principal não se quis ficar e fez o mesmo. Ora aí está uma história que valia a pena repetir.
O “espalha-brasas” foi decisivo para a vitória sobre a Finlândia, ao sofrer um penálti e ao assistir Bruno Fernandes para o bis da noite. Uma aposta ganha por Roberto Martínez é sempre um alívio.