Da tradição à estreia absoluta
Resende tem sido presença em todas as edições do Grande Prémio Douro Internacional
Município do distrito de Viseu acolhe primeira etapa, sexta, havendo, no dia seguinte, a novidade de Santa Marta de Penaguião e o regresso de Carrazeda de Ansiães, que tinha sido partida na primeira edição.
Com cerca de dez mil habitantes, Resende estreou-se em etapas em linha no Grande Prémio Douro Internacional no ano passado, com êxito de José Sousa (Kelly-Simoldes na altura, Sabgal Anicolor agora), mas a ligação à prova existe desde a primeira hora. O município situado no extremo norte do distrito de Viseu tem feito parte do mapa desde a edição inaugural, em 2021, ano em que recebeu um contrarrelógio de 10,8 quilómetros (vitória de Mauricio Moreira), seguido da partida de uma etapa vespertina de 66,2. Em 2022, o crono repetiu-se, sendo mais extenso (29,1 km) e arrebatado por António Carvalho.
Este ano, a terra das cerejas e das cavacas (bolo seco e leve) é palco da primeira tirada, na sexta-feira. Num dia com previsão de muito calor (29º de máxima) e trovoada, o final é favorável ao sprint, mas a tarefa dos ciclistas não se afigura simples, sendo preciso sobreviver à passagem pelo Monte de São Cristóvão, na Serra de Montemuro, e aos 57 quilómetros a subir dos 141,5 totais do programa – representam 40 por cento da etapa!
No sábado, a dureza abranda um pouco, marcando a estreia de Santa Marta de Penaguião, pertencente a Vila Real. Dali, os ciclistas vão até Carrazeda de Ansiães, já no distrito de Bragança e que tinha sido ponto de partida da segunda etapa em 2021. Desta vez, dos 147,2 quilómetros, 24 incluem a paisagem mais deslumbrante do Douro Vinhateiro, sempre ao lado do rio, da Régua até ao Pinhão pela N222 e N323. A partir daí, surgem as dificuldades de um constante sobe e desce e, antes da meta, há cerca de 20 kim inclinados a 3,3% para enfrentar.