O Jogo

Sérgio Conceição “O meu futuro está decidido na minha cabeça”

Após a conquista do 11º título em sete anos, o treinador do FC Porto ficou orgulhoso pelo “dever cumprido”, reservando para os “próximos dias” novidades sobre a continuida­de

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“Este ano foi mau demais. Foi impossível blindar o balneário com o que se passou durante a época”

“Nunca serei um entrave ao FC Porto, não é um contrato que o faz. Nunca estive nem estarei agarrado a nada”

“Tomei decisões muito duras com o grupo: uma palavra para o Jorge [Sánchez], o Iván Jaime, o André Franco e o Toni [Martínez]. Ponderei muito, fiz isto pela primeira vez, custou-me muito”

Técnico que está no FC Porto desde 2017/18 admitiu que esta época se sentiu “divisão”, lamentando que se tenha falado “muito fora do Olival e do Dragão”. Apelou, por isso, à união no clube.

MELO ROSA

O futuro acabou por ser o ●●● tema dominante nas muitas entrevista­s que Sérgio Conceição deu após a conquista da Taça de Portugal e também na conferênci­a.

Qual vai ser o seu futuro?

—Já tomei a decisão. O meu futuro já está decidido na minha cabeça. Nos próximos dias vou comunicá-lo.

O que é preciso para o convencer a ficar?

—Não é uma questão de convencer, é de olharmos para o futuro do FC Porto e ver qual é a melhor situação, com tranquilid­ade. Temos de unir o FC Porto. Este ano sentiu-se essa divisão, falou-se muito fora do Dragão, do Olival, e não foi fácil gerir. Tomei decisões muito duras com o grupo: uma palavra para o Jorge [Sánchez], Iván Jaime, Franco e Toni [Martínez]. Ponderei muito,

fiz isto pela primeira vez, custou-me muito. Mas tinha de ser, porque vejo a equipa sempre em primeiro lugar. Tiveram sempre máximo respeito por mim e pelo FC Porto.

Como é que os adeptos votariam numa eleição para treinador do FC Porto?

— Olhei para os adeptos como sempre, com uma sede de títulos incrível. Para muitos, não foi correto não renovar a dois dias das eleições. Eticamente, se eu era o treinador dos três candidatos, porque não? Foi um sinal que queria dar para o povo, para dentro e fora. Associaram isso ao facto de que eu queria dar força ao presidente. Mas para mim era importante. Tive uma conversa com o presidente de hora e meia no dia antes e, se ele me deixar, um dia vou partilhar e muitos vão colocar a viola no saco. Nunca serei um entrave ao FC Porto, não é um contrato que o faz. Nunca estive nem estarei agarrado a nada.

Futuro fora de Portugal?

—Para já é em Portugal, amanha [hoje] vamos ao Museu e depois vou ao meu gabinete

trabalhar um bocado, faço isso todos os anos.

Sente orgulho no que fez nestes sete anos?

—Cheguei ao FC Porto num período em que estávamos há quatroanos­semganhar,nestes seteanosti­vemosahege­monia do futebol português, conquistám­os 11 títulos, e estou orgulhoso. Amanhã [hoje] começa umanovaera­nosentidod­eque começa um novo ano.

Como foi esta época?

—Este ano foi mau demais. Foi impossível blindar o balneário com o que se passou durante a época. Foi a primeira vez que me aconteceu colocar

quatro jogadores a treinar à parte. Foi um ano de grande aprendizag­em, foi a época mais difícil das sete.

Como analisa o jogo?

—Foi uma vitória muito justa. Estivemosm­uitocoesos,muito compactos, permitimos muito pouco ao Sporting. Mesmo em inferiorid­ade, deu uma boa réplica. O jogo até se tornou mais difícil para nós, o que é normal, porque baixaram as linhas e houve menos espaço. Faltou-nos algum discernime­nto, o que também é normal numa equipa jovem e que queria muito levar mais um título para o museu.

“Errei muitas vezes, tive expulsões merecidas, esta sinceramen­te acho que não foi”

“O Taremi melhorou muito, sobretudo nos treinos. Trabalha algo relaxado e levou umas duras. Sempre acreditei nele”

 ?? ?? Sérgio Conceição saiu a sorrir do Jamor pela quarta vez na carreira, sempre ao serviço do FC Porto
Sérgio Conceição saiu a sorrir do Jamor pela quarta vez na carreira, sempre ao serviço do FC Porto

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