O Jogo

Schmidt com objetivos de curto prazo

- Jorge.maia@ojogo.pt

O treinador alemão garantiu ontem que não tem um único pensamento sobre a próxima temporada. Faz sentido. Estar cá para desfrutá-la vai depender do que ainda for capaz de fazer nesta.

Ésempre delicado comentar as conferênci­as de imprensa de Roger Schmidt. Desde logo, pelo que se possa perder na tradução português/ alemão/inglês entre o que o treinador do Benfica quer dizer e aquilo que de facto diz. Por exemplo, é estranho que diga que não tem um único pensamento sobre a próxima época. Nem um? Parece muito pouco numa altura em que já não falta assim tanto como isso para esta acabar. Por exemplo, há menos de um mês, Rúben Amorim garantia que já estava a fazer o planeament­o da próxima temporada, de onde seria a pré-época, que jogadores poderiam sair e ficar, explicando que ainda não estava tudo fechado porque faltava garantir a presença na Liga dos Campeões. Por outro lado, percebe-se que Schmidt se foque a cem por cento no próximo jogo. Depois de ter sido eliminado da Taça e de ter deixado cavar uma desvantage­m de quatro pontos para o primeiro lugar, o alemão precisa, mais uma vez, de responder às dúvidas que crescem entre os benfiquist­as sobre a sua capacidade para conduzir o Ferrari que Rui Costa lhe pôs nas mãos. Ganhar ao Marselha e atingir as meias-finais da Liga Europa está longe de ser o suficiente para salvar a época do treinador, mas perder contra os franceses e ficar pelo caminho pode ser o suficiente para a condenar definitiva­mente. Para quê pensar na próxima temporada se o facto de estar cá para desfrutar dela pode depender do próximo jogo? Schmidt não precisa de distrações. E depois, não há de faltar no Benfica quem já esteja a pensar na próxima época por ele.

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