O Jogo

BERNARDO DEU O MOTE

CHAMPIONS Real e City proporcion­aram um grande jogo, com duas reviravolt­as no marcador e um empate que se ajusta ao equilíbrio

- ANTÓNIO PIRES

REAL MADRID 3 MANCHESTER CITY 3

Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid Árbitro: François Letexier (França) REAL MADRID Lunin; Carvajal, Tchouaméni, Rudiger e Mendy: Valverde, Kroos (Modric 72’) e Camavinga; Bellingham, Vinícius (Joselu 86’) e Rodrygo (Brahim Díaz 71’) Treinador: Carlo Ancelotti MANCHESTER CITY Ortega; Akanji, Stones, Rúben Dias e Gvardiol; Rodri e Kovacic: Bernardo Silva, Foden (Álvarez 87’) e Grealish; Haaland

Treinador: Pep Guardiola

Golos: Bernardo Silva (2’), Rúben Dias (12’) p.b., Rodrygo (14’), Foden (66’), Gvardiol (71’) e Valverde (79’)

Cartões amarelos: Tchouaméni (1’), Akanji (39’) e Carvajal (81’)

Vermelhos: nada a assinalar

Era apontado como o grande jogo dos quartos-de-final e não defraudou as expectativ­as, como o 3-3 final dá a entender. Real Madrid e Manchester City proporcion­aram, a todos aqueles que encheram o Santiago Bernabéu ou que assistiram ao desafio pela televisão, um espetáculo memorável e prometem dar mais um recital de futebol na próxima quarta-feira, em Inglaterra.

O arranque da partida foi intenso e teve golo logo no segundomin­uto.Depoisdeum­a falta dura de Tchouaméni sobre Grealish, que valeu amarelo ao francês, Bernardo Silva, percebendo o posicionam­ento de Lunin, rematou pelo lado de fora da barreira e bateu o ucraniano, que poderia ter feito melhor. Para o médio luso, tratou-se do quarto golo diante dos merengues e o primeiro em Madrid. Há um ano bisara no 4-0 caseiro que colocou os citizens na final e em 2022 garantira o triunfo por 4-3 que não chegaria para segurar a eliminatór­ia no segundo encontro.

A resposta do Real Madrid começou com sorte. Aos 12’, um tiro de fora da área de Camavinga, que sofreu desvio decisivo no corpo de Rúben Dias para enganar Ortega. E ainda mal refeito do golpe, o City consentiu a reviravolt­a aos 14’. Vinícius lançou Rodrygo pela esquerda, o avançado ganhou em velocidade a Akanji e depois, já apertado pelo helvético, rematou e viu a bola desviar ligeiramen­te no defesa, o suficiente para colocar a bola fora do alcance de Ortega.

Se a sorte teve influência na reviravolt­a, depois o Real Madrid assumiu o controlo do jogo, perante um Man. City com mais perdas de bola do que é habitual e a permitir saídas rápidas e perigosas dos merengues que, contudo, não materializ­aram as ocasiões em golo.

Apesar do desenrolar dos acontecime­ntos, Guardiola manteve a confiança nos seus jogadores e nem as ocasiões flagrantes desperdiça­das por Bellingham (54’) e Vinícius (56’ ) o motivaram a mexer no onze. A verdade é que, após o último lance referido, os citizens despertara­m. Passaram a ser muito mais agressivos na recuperaçã­o de bola e foramse instalando no meio-campo contrário.

Foden, desapareci­do na primeira parte, começou a soltarse, a combinar mais vezes e melhor com Bernardo Silva e conseguiu iludir a forte marcação de que era alvo. Até que, aos 66’, Stones, cada vez mais presente em situações ofensivas para criar superiorid­ade, fez chegar a bola ao internacio­nal inglês que, sem marcação por perto, não se fez rogado e disparou um míssil direto às redes de Lunin. O golo não fez o City diminuir a intensi

“Reagimos bem ao golo madrugador. Queríamos levar uma vantagem mas gostei de muitas coisas” Carlo An celotti Treinador do Real Madrid

“Tivemos grande personalid­ade na segunda parte, marcámos dois grandes golos. Agora temos de vencer em casa” Pep Guardiola Treinador do Manchester City

dade, pelo contrário, e seria premiado com mais um golo. Desta vez por um marcador improvável: Gvardiol. O defesa canhoto nem sequer fez uma boa receção ao passe de Grealish mas, perante a apatia de Kroos, reagiu rápido e disparou com o pé direito para um belo golo de fora da área.

Perante o sucedido, Ancelotti não perdeu mais tempo e trocou Kroos por Modric. Coincidênc­ia ou não seria o croata a conduzir a jogada do empate final. Talvez o melhor golo da partida: depois de cruzamento de Vinícius, Valverde, num remate cruzado de primeira contra o solo, colocou a bola nas redes. Até final continuou a jogar-se com intensidad­e, mas sem mais grandes ocasiões de golos e fica ainda a nota para a lesão sofrida por Foden, que saiu aos 87’.

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 ?? ?? BERNARDO SILVA FEZ O 0-1 DE LIVRE, SURPREENDE­NDO LUNIN, E DIANTE DOS MERENGUES JÁ SOMA QUATRO GOLOS EM 7 JOGOS
BERNARDO SILVA FEZ O 0-1 DE LIVRE, SURPREENDE­NDO LUNIN, E DIANTE DOS MERENGUES JÁ SOMA QUATRO GOLOS EM 7 JOGOS

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