BERNARDO DEU O MOTE
CHAMPIONS Real e City proporcionaram um grande jogo, com duas reviravoltas no marcador e um empate que se ajusta ao equilíbrio
REAL MADRID 3 MANCHESTER CITY 3
Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid Árbitro: François Letexier (França) REAL MADRID Lunin; Carvajal, Tchouaméni, Rudiger e Mendy: Valverde, Kroos (Modric 72’) e Camavinga; Bellingham, Vinícius (Joselu 86’) e Rodrygo (Brahim Díaz 71’) Treinador: Carlo Ancelotti MANCHESTER CITY Ortega; Akanji, Stones, Rúben Dias e Gvardiol; Rodri e Kovacic: Bernardo Silva, Foden (Álvarez 87’) e Grealish; Haaland
Treinador: Pep Guardiola
Golos: Bernardo Silva (2’), Rúben Dias (12’) p.b., Rodrygo (14’), Foden (66’), Gvardiol (71’) e Valverde (79’)
Cartões amarelos: Tchouaméni (1’), Akanji (39’) e Carvajal (81’)
Vermelhos: nada a assinalar
Era apontado como o grande jogo dos quartos-de-final e não defraudou as expectativas, como o 3-3 final dá a entender. Real Madrid e Manchester City proporcionaram, a todos aqueles que encheram o Santiago Bernabéu ou que assistiram ao desafio pela televisão, um espetáculo memorável e prometem dar mais um recital de futebol na próxima quarta-feira, em Inglaterra.
O arranque da partida foi intenso e teve golo logo no segundominuto.Depoisdeuma falta dura de Tchouaméni sobre Grealish, que valeu amarelo ao francês, Bernardo Silva, percebendo o posicionamento de Lunin, rematou pelo lado de fora da barreira e bateu o ucraniano, que poderia ter feito melhor. Para o médio luso, tratou-se do quarto golo diante dos merengues e o primeiro em Madrid. Há um ano bisara no 4-0 caseiro que colocou os citizens na final e em 2022 garantira o triunfo por 4-3 que não chegaria para segurar a eliminatória no segundo encontro.
A resposta do Real Madrid começou com sorte. Aos 12’, um tiro de fora da área de Camavinga, que sofreu desvio decisivo no corpo de Rúben Dias para enganar Ortega. E ainda mal refeito do golpe, o City consentiu a reviravolta aos 14’. Vinícius lançou Rodrygo pela esquerda, o avançado ganhou em velocidade a Akanji e depois, já apertado pelo helvético, rematou e viu a bola desviar ligeiramente no defesa, o suficiente para colocar a bola fora do alcance de Ortega.
Se a sorte teve influência na reviravolta, depois o Real Madrid assumiu o controlo do jogo, perante um Man. City com mais perdas de bola do que é habitual e a permitir saídas rápidas e perigosas dos merengues que, contudo, não materializaram as ocasiões em golo.
Apesar do desenrolar dos acontecimentos, Guardiola manteve a confiança nos seus jogadores e nem as ocasiões flagrantes desperdiçadas por Bellingham (54’) e Vinícius (56’ ) o motivaram a mexer no onze. A verdade é que, após o último lance referido, os citizens despertaram. Passaram a ser muito mais agressivos na recuperação de bola e foramse instalando no meio-campo contrário.
Foden, desaparecido na primeira parte, começou a soltarse, a combinar mais vezes e melhor com Bernardo Silva e conseguiu iludir a forte marcação de que era alvo. Até que, aos 66’, Stones, cada vez mais presente em situações ofensivas para criar superioridade, fez chegar a bola ao internacional inglês que, sem marcação por perto, não se fez rogado e disparou um míssil direto às redes de Lunin. O golo não fez o City diminuir a intensi
“Reagimos bem ao golo madrugador. Queríamos levar uma vantagem mas gostei de muitas coisas” Carlo An celotti Treinador do Real Madrid
“Tivemos grande personalidade na segunda parte, marcámos dois grandes golos. Agora temos de vencer em casa” Pep Guardiola Treinador do Manchester City
dade, pelo contrário, e seria premiado com mais um golo. Desta vez por um marcador improvável: Gvardiol. O defesa canhoto nem sequer fez uma boa receção ao passe de Grealish mas, perante a apatia de Kroos, reagiu rápido e disparou com o pé direito para um belo golo de fora da área.
Perante o sucedido, Ancelotti não perdeu mais tempo e trocou Kroos por Modric. Coincidência ou não seria o croata a conduzir a jogada do empate final. Talvez o melhor golo da partida: depois de cruzamento de Vinícius, Valverde, num remate cruzado de primeira contra o solo, colocou a bola nas redes. Até final continuou a jogar-se com intensidade, mas sem mais grandes ocasiões de golos e fica ainda a nota para a lesão sofrida por Foden, que saiu aos 87’.