“Erro principal foi não ter ficado Daniel Sousa”
Hugo Vieira, candidato à presidência que foi derrotado pelo atual líder, compreende a decisão da saída de Campelos, mas não iliba a estrutura diretiva
Ainda sem sucessor para o lugar de Vítor Campelos, gilistas enfrentam as consequências de uma preparação caótica da atual temporada, que começou logo na tardia escolha do técnico.
Hugo Vieira, que foi candidato às recentes eleições contra o atual presidente, Avelino Dias da Silva, concorda com a demissão de Vítor Campelos, mas, a O JOGO, considerou que a principal responsabilidade pela crise da equipa é da estrutura diretiva. “Os resultados estão à vista. Ainda bem que houve eleições, porque ganhámos os dois jogos nessa altura, em Portimão e em casa, ao V. Guimarães. Mas, concordo com a decisão; os resultados não aparecem há muito e já foi tarde, deviam ter agidoháalgumassemanas.Espero que ainda vá a tempo.”
Questionado sobre a forma como o clube atuou no mercado de inverno, sem a contratação de um ponta-de-lança, depois da saída de Baturina e face às lesões de Depú e Alipour, que obrigaram Campelos a jogar com dois jovens dos sub23, Miguel Monteiro e Miro, e a adaptar o extremo Félix Correia à posição, além da caótica etardiapreparaçãodapré-época – o treinador chegou a três dias do estágio – , Vieira centrou-se na fase final da época passada. “A Direção tem muita responsabilidade no que está a acontecer. Além de não ter mandado Vítor Campelos mais cedo embora, porque o futebol praticado nos últimos cinco, seis jogos foi deprimente, o Gil não tem ninguém na estrutura capaz de ir ao balneário e dar um murro na mesa, ou um grito. Não tem ninguémcomamísticadoclube. Mandaram embora o Daniel Sousa, que é de Barcelos. O erro principal foi, sem dúvida, esse: não terem ficado com ele”, concluiu.
“Resultados não aparecem há muito e [Vítor Campelos ] já foi tarde”
Hugo Vieira Ex-candidato à presidência do Gil Vicente