JORGE JESUS VÊ GYOKERES COMO RAFA E DI MARÍA
Antigo técnico de Benfica e Sporting elege referências das duas equipas a poucos dias de novo embate, mas não esquece... Darwin
Atual treinador do Al Hilal considera que os conjuntos de Roger Schmidt e Rúben Amorim são os “mais fortes em Portugal”, realça a recuperação de jogadores nos encarnados e vaticina “um grande jogo”.
O dérbi entre Sporting e ●●●
Benfica, relativo às meias-finais da Taça de Portugal, aproxima-se a passos largos e é sempre motivo de grande mediatismo nas fronteiras do futebol nacional, mas também extravasa para outras paragens mais longínquas onde, num local exótico e de investimento forte na modalidade, se ouviu a voz e a opinião de Jorge Jesus sobre um dérbi que registou por 18 vezes num vasto currículo desportivo.
Depois de vencer o Al Ettifaq pelo seu Al Hilal (ver página 26), Jorge Jesus não fintou as perguntas dos jornalistas presentes na conferência de Imprensa e até “enfrentou” o desafio de falar das maiores referências de Sporting e Benfica. Sobre este assunto, e questionado sobre os nomes do leão Gyokeres e da águia João Neves, o treinador de 69 anos atirou que o goleador sueco “é a grande referência do Sporting ”.“Não conhecia eé um grande trabalho do scouting do Sporting. Pelos vistos, em Inglaterra também não o conheciam, ninguém o viu. Isso fazme lembrar quando o Benfica foi buscar o Darwin à segunda divisão, ao Almería”, respondeu, refrescando a memória de quem se possa ter esquecido que Jesus orientou o uruguaio, agora no Liverpool, ao serviço dos encarnados, mas também da origem do goleador sueco, contratado aos ingleses do Coventry, do Championship.
A questão incluía Gyokeres e João Neves, mas Jorge Jesus atirou mais alguns nomes para cima da mesa dos craques. “São dois jogadores que estão em destaque nas suas equipas, o João ainda é um menino, mas o Benfica tem duas grandesreferências, dois jogadores que se destacam, Di María e Rafa”, acrescentou, deixando um sublinhado sobre o veloz dianteiro português das águias. “O campeonato português tem grandes jogadores. O Rafa foi meu jogador no Benfica, como sabem. É um grande jogador, não tenho dúvidas nenhumas”, elogiou, afastando-se da pergunta sobre se os gostava de ter no Al Hilal: “Os treinadores gostam de ter todos os grandes jogadores e isso não passa por mim. Atualmente não os posso ter, no próximo ano nem eu sei o que irei fazer.”
Do individual, não demorou a passar também para o geral e para a sua leitura sobre o que esperar do dérbi de quinta-feira. Neste campo, Jesus optou mais pela neutralidade de quem orientou os dois emblemas. “Quanto ao que se vai passar em Portugal, no dérbi de Lisboa, que tantas vezes também o fiz, neste momento [Sporting e Benfica] são as duas equipas mais fortes a jogar em Portugal. Tenho acompanhado. O Benfica, com a recuperação dos jogadores lesionados, tornouse uma equipa com mais soluções”, analisou, referindo-se ao restabelecimento, nas últimas semanas, de jogadores como Bah, David Neres e Tengstedt.
“Vai ser um grande jogo, ao nível das grandes equipas da Arábia Saudita. Tiveram a oportunidade de ver o Al Nassr e o Al Hilal e percebem completamente qual é a grande qualidade destas duas equipas, que jogam em qualquer campeonato do mundo para serem campeãs”, comparou Jesus à sua realidade, optando por não revelar tendências. “Não tenho preferências pois treinei os dois. São duas equipas que me dizem muito. O Benfica porque, até hoje, sou o treinador mais titulado do Benfica e tenho muitas boas recordações, como também tenho do Sporting”, referindo-se aos dez troféus – três campeonatos, cinco Taças da Liga, uma Taça de Portugal e uma Supertaça – pelas águias, além de dois pelos leões (uma Supertaça e uma Taça da Liga).
“[Gyokeres] Em Inglaterra também não o conheciam, ninguém o viu. Faz-me lembrar quando o Benfica foi buscar Darwin à segunda divisão, ao Almería”
Jorge Jesus Treinador do Al Hilal