Diário de Notícias

Apelo aos médicos para travarem horas extra

A Fnam pede aos médicos que não façam mais horas do que aquelas a que são obrigados e lamenta ainda não haver data para negociar com o governo.

- DN/LUSA

AFederação Nacional dos Médicos (Fnam) apelou este sábado, 29, aos clínicos para não fazerem mais do que as 150 horas extraordin­árias anuais ou as 250 caso estejam em exclusivid­ade. “Desde já apelamos à questão da colocação das minutas para os médicos não fazerem mais do que as 150 horas a que estão obrigados por ano, ou 250 horas, caso estejam no regime de dedicação plena”, afirmou a presidente da Fnam.

Joana Bordalo e Sá falava no final do Conselho Nacional da Fnam, que decorreu durante toda a manhã, em Coimbra, para avaliar a disponibil­idade negocial do Ministério da Saúde e decidir as formas de luta necessária­s, nomeadamen­te o reforço do movimento dos médicos que se recusam a ultrapassa­r o limite legal das horas suplementa­res. “Discutimos os vários tópicos e decidimos a nossa estratégia. Acima de tudo, reiteramos as soluções que já tínhamos entregue ao Ministério da Saúde como sendo os pontos principais para conseguirm­os fixar médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirmou. E sublinhou que a Fnam entende que as soluções que tem vindo a defender “são as únicas capazes de fixar médicos no SNS, que quer que seja público e universal e que consiga garantir cuidados a toda a população”. A dirigente lamentou que, “por agora, não haja nenhum sinal de que o Ministério da Saúde, de Ana Paula Martins, queira efetivamen­te chegar a uma solução”.

Aliás, realçou o facto de a associação sindical ter tido uma reunião agendada para o dia 25 de junho com o Ministério da Saúde que foi praticamen­te cancelada na véspera. “Ainda não temos data para arrancar com este protocolo negocial, que é extremamen­te importante para uma negociação séria e para que consigamos ter soluções para o SNS. Olhamos para isso com muita preocupaçã­o”, sintetizou.

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