314 contra 126
da votação que decidiu contra a saída de presos com penas leves em dias específicos para ressocialização, ao contrário do que pretendia Lula.
cisão de exigir que os ministros de centro-direita e direita que compõem o governo dialoguem mais com os deputados e senadores dos seus partidos, no sentido de evitar “traições” em votações relevantes para o governo.
No Planalto, a avaliação é de que os 11 ministros do União Brasil, do MDB, do Republicanos e do PSD, todos de direita ou de centro-direita, que compõem um executivo com 38 membros, devem atuar com maior firmeza na tentativa de garantir votos dos seus correligionários. Porque se eles, mesmo ideologicamente distantes de Lula, foram convidados para o governo, foi, precisamente, para arregimentar esses partidos e gerar uma base parlamentar sólida.
“Mas esse tipo de pacto de regime, conhecido no Brasil como ‘presidencialismo de coligação’, já não faz sentido hoje em dia”, disse Otávio Guedes, comentarista do canal Globo News. “Antigamente funcionava, porque quem
tinha a chave do cofre eram os ministros, logo os parlamentares obedeciam-lhes, hoje, desde a aprovação do ‘orçamento secreto’ na gestão de Bolsonaro, que partilha o dinheiro entre executivo e legislativo através de emendas parlamentares, e dos ‘fundões partidários’, que tornaram os partidos muito mais ricos, a situação mudou.”
Ainda assim, após a reunião com Lula da Silva, o governo obteve uma vitória para reduzir a desvantagem no marcador: o Senado aprovou, dia 5, um projeto, apoiado pelo governo, que acaba com a isenção para compras internacionais de até 50 dólares, chamado “taxa das blusinhas”, e requerido pelos vendedores a retalho brasileiros. O projeto está incluído no Mover, programa de mobilidade verde e inovação que prevê incentivos de 19,3 mil milhões de reais em cinco anos e redução de impostos para fabricação de carros e outros veículos menos poluentes.