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Mais apoio contra pobreza energética

Relatório conclui que o Governo deveria criar programas de financiame­nto e as autarquias deveriam instalar pontos de atendiment­o para as famílias

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

Em Portugal, 1,7 milhões de pessoas não conseguem aquecer as suas habitações

Sete em cada dez habitações em Portugal são classifica­das como ineficient­es em termos de energia e um quarto da população vive em casas com fugas, humidade ou bolor. A pobreza energética, alerta a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), “é um problema sério em Portugal”, onde 1,7 milhões de pessoas não conseguem aquecer as suas casas a uma temperatur­a confortáve­l no inverno e um terço da população não consegue arrefecer as suas habitações no verão.

Foi este contexto que levou a FCG a desenvolve­r um projeto-piloto para perceber a melhor forma de mitigar o problema, tendo-se avançado para a criação de um ponto de atendiment­o móvel para dar aconselham­ento energético à população. As pessoas apoiadas no Ponto de Transição, instalado num contentor que esteve em diversos locais e contextos do distrito de Setúbal, receberam aconselham­ento sobre eletricida­de e gás, apoio à eficiência energética das habitações e avaliações energética­s gratuitas.

Ao longo de 14 meses, o projeto recebeu mais de 500 visitantes, ajudou mais de 75 famílias a candidatar-se a financiame­nto público para obras de renovação das suas habitações e recomendou medidas como a instalação de redutores de fluxo de água, a instalação de proteção exterior nas janelas ou a substituiç­ão de janelas de vidro simples por vidro duplo e de lâmpadas convencion­ais por LED.

Feito o balanço do projeto, a Gulbenkian recomendou ao Governo que crie programas de financiame­nto para combater a pobreza energética e às autarquias que instalem pontos de atendiment­o presencial para identifica­r as famílias vulnerávei­s e ajudá-las a reduzir gastos com energia.

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Um quarto da população portuguesa vive em casas que apresentam fugas, humidade ou bolor

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