UE critica detenções e não reconhece resultados
Observadores internacionais dizem que não houve transparência e Bruxelas exige publicação de atas
Os protestos continuam na Venezuela com milhares de pessoas nas ruas contra a anunciada reeleição do Presidente Nicolás Maduro. O Presidente venezuelano mandou reforçar o patrulhamento militar e policial e incitou a população a denunciar os infratores, circulando notícias de que o regime terá ordenado a detenção da líder opositora María Corina Machado e do candidato Edmundo González. A Costa Rica ofereceu asilo aos dois dirigentes da oposição, mas estes recusaram por considerarem que a sua “responsabilidade é continuar a luta ao lado do povo”. Entretanto, a União Europeia exigiu que as autoridades parem com “as detenções, repressão e retórica violenta contra membros da oposição”. O alto representante de política externa da UE disse ainda que a UE só vai reconhecer os resultados quando as autoridades venezuelanas “publicarem as atas”. “O Conselho
Nacional Eleitoral apenas apresentou o resultado correspondente a 80% do escrutínio e não revelou nenhuma fonte nem sistema que permita a sua verificação. Em democracia, os resultados devem ser completos e devem poder ser verificados de maneira independente para serem reconhecidos”, afirmou Josep Borrell.
Já o Centro Carter, instituto norte-americano que acompanha processos eleitorais, fala em “total falta de transparência” e garante que as eleições não foram democráticas. O Presidente colombiano, Gustavo Petro, também já pediu a Maduro que permita uma contagem transparente dos votos.
OBSERVADORES NORTEAMERICANOS DIZEM QUE ELEIÇÕES “NÃO FORAM DEMOCRÁTICAS”