Economia portuguesa trava e está estagnada
PIB Economia só cresceu 0,1 por cento no segundo trimestre do ano, abaixo das previsões Portugal gastou mais em compras ao estrangeiro do que aquilo que cobrou nas vendas a países terceiros
Diogo Carreira
u A economia portuguesa está praticamente estagnada. A variação nula das exportações de bens e serviços, ao lado de um consumo privado com menos força, são as principais razões para o travão registado.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) referentes ao segundo trimestre do ano indicam que o PIB cresceu 1,5 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, o mesmo valor que foi registado nos primeiros três meses do ano, mas o valor entre trimestres mostra que o travão no crescimento é real e acentuou-se. Quando fazemos a comparação com os primeiros três meses do ano, a economia portuguesa cresceu apenas 0,1 por cento, abaixo das previsões. Entre janeiro e março, o crescimento em
cadeia tinha sido de 0,8 por cento. O pior resultado em cadeia registado desde há um ano foi no terceiro trimestre de
INVESTIMENTO E CONSUMO PRIVADO ACELERAM NO SEGUNDO TRIMESTRE DO ANO
2023, quando o PIB recuou 0,2 por cento
O INE destaca uma “aceleração do investimento e do consumo privado” na comparação homóloga. Pelo contrário, “o contributo da procura externa líquida passou a negativo, verificando-se uma variação nula das exportações de bens e serviços”. Já na comparação entre trimestres, “o contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB passou a positivo” entre abril e junho. Mais uma vez são as
exportações que têm um pior desempenho. Os dados da estimativa rápida dizem que o contributo “da procura externa
líquida passou a negativo”. Neste período registou-se uma “variação nula das exportações de bens e serviços”.