Até a câmara de TV contribuiu para um “dia mais errado” SKATE
Gustavo Ribeiro foi apenas 17.º na prova de Street. Teve de repetir uma das corridas após embater num operador
“Os amuletos físicos estão no meu pescoço. Agora, daqui a uma semana, o colar é a medalha.” A declaração de intenções, feita à partida para Paris no passado dia 21 de julho, era clara: Gustavo Ribeiro ia aos seus segundos Jogos Olímpicos com o objetivo de subir ao pódio na prova de Street, se possível ao lugar mais alto. Mas o skater portu
guês piorou o 8.º lugar de Tóquio e ontem não foi além do 17.º posto na qualificação, falhando a final.
“O skate, às vezes, é um pouco injusto. Podes trabalhar durante anos, mas acordas num dia um pouco mais errado e, às vezes, as coisas não funcionam. Senti que era o meu dia, estava bastante preparado, mas infelizmente não consegui andar de skate da maneira que eu queria”, admitiu o atleta.
Logo na primeira corrida cada atleta faz duas (só conta a melhor) e cinco truques (entram na nota final os dois mais pontuados) - Gustavo Ribeiro caiu. A competir na terceira de quatro baterias,
e sabendo que só os oito melhores passavam à final, o skater partiu mais pressionado para a segunda corrida. E quando tentava uma das suas manobras habituais, embateu num operador de câmara de televisão. O português protestou de imediato e a organização deu-lhe a escolher: repetia a corrida naquele instante ou voltava à pista depois dos outros atletas. Gustavo optou pela solução imediata.
Mas a corrida e depois os truques não correram bem. No final, o português desvalorizou que esse incidente ou o adiamento da prova, no sábado, devido à chuva, o tivessem deixado mais ansioso.
“Às vezes, acabo por meter um bocadinho de pressão em cima de mim mesmo. Nada acaba aqui, ainda falta uma longa caminhada. Sou bastante novo, tenho ainda muitas oportunidades.”
SKATER GARANTE QUE “NADA ACABA AQUI”, QUE É “NOVO” E APONTA AO SUCESSO NO FUTURO