Correio da Manha

Bebé morre afogada em piscina insuflável

- Ana Isabel Fonseca /Francisca Laranjo /Nelson Rodrigues

DRAMA

“Minha querida filha, Deus te levou”, escreveu a mãe da ‘princesa’ Carolina, que tinha um ano

Câmara de Vila do Conde vai suportar os custos da trasladaçã­o do corpo da criança

AJUDA

“Minha querida filha, Deus te levou.” Claudina Rodrigues Silva não se conforma com a morte da filha bebé e escreveu a frase emocionada nas redes sociais, na quarta-feira. A tragédia bateu à porta da mulher e do marido, Adelino Machado, um casal do Norte, emigrado em França desde 2019. A menina, de apenas um ano, e que apelidavam de ‘princesa’, morreu afogada quando brincava numa piscina insuflável. Carolina tinha acabado de celebrar o seu primeiro aniversári­o, a 8 de julho. “Eles vieram a Portugal para fazer o batismo da menina e a festa de um ano. Voltaram para França na sexta-feira. Isto é uma tragédia. Estamos todos em choque”, disse Arlete Machado, tia da vítima, ao CM.

Não são conhecidas as circunstân­cias do sucedido, eventualme­nte uma distração momentânea, já que os socorrista­s ainda conseguira­m manter a criança viva - de outro modo, o óbito seria declarado no local.

Tudo aconteceu na casa da família, em Bastia, na

Córsega, na segunda-feira. Logo que acionadas, as equipas médicas foram rápidas a prestar assistênci­a a Carolina. Reanimaram-na e transporta­ram-na de imediato para um hospital local, onde ficou nos cuidados intensivos, com prognóstic­o reservado. Vítima de um edema cerebral, os médicos entenderam que seria melhor transferir a bebé para outra unidade de saúde, tendo optado pelo Hospital Pediátrico de Lenval, em

Nice. Dada a gravidade da situação, o transporte foi feito de helicópter­o. Carolina, contudo, não resistiu e acabou por morrer, na terça-feira.

Adelino, mecânico de 55 anos, de Vila do Conde, e Claudina, desemprega­da, de 42, de Espinho, vivem agora outro drama. Não têm condições financeira­s que lhes permitam trazer os restos mortais da filha para o nosso país.

A associação Amicale Portugaise de Corte mostrou-se disponível para ajudar, lançando uma campanha de angariação de fundos. “Os pais não têm família cá e têm poucas possibilid­ades para enviar o corpo da menina para Portugal”, escreveu na sua página do Facebook.

Mas, segundo Arlete Machado, a Câmara de Vila do Conde já se terá disponibil­izou para pagar a totalidade dos custos da trasladaçã­o.

VIERAM A PORTUGAL ESTE MÊS PARA FAZER A PRIMEIRA COMUNHÃO DA BEBÉ

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1Bebé brincava 2Carolina tinha completado um ano a 8 de julho

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