Correio da Manha

IRS baixa para salários até 39 791 euros por ano

- João Maltez

O decreto da Assembleia da República que prevê um alívio do IRS com reduções nas taxas do imposto até ao 6.º escalão de rendimento­s – no máximo 39 791 euros – foi promulgado ontem pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O seu efeito, contudo, poderá só fazer-se sentir com a entrada em vigor do próximo

Orçamento. Para a medida do PS avançar este ano, o

Governo tem de atualizar as tabelas de retenção na fonte.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, reagiu à decisão do Presidente em Angola, onde está em visita oficial, mas em tom de desafio para o Chega e o PS. Quer que clarifique­m se é mesmo intenção avançar com a medida já este ano, o que obrigaria o ministro das

Finanças, Miranda Sarmento, a propor aos deputados a atualizaçã­o das tabelas de retenção na fonte.

O diploma tinha passado no Parlamento com a abstenção do Chega e votos a favor de PS,

IL, BE, PCP, Livre e PAN. PSD e CDS votaram contra.

“A baixa do IRS nos moldes em que foi aprovada no Parlamento, a diminuição do IVA sobre a eletricida­de (...) e a eliminação do pagamento de portagens – diplomas promulgado­s ontem – têm um reverso da medalha, que é [saber] o que vamos deixar de poder fazer em função dessas decisões”, alertou Montenegro.

Já o líder do PS, Pedro Nuno Santos, respondeu que se não houver baixa do imposto em 2024 só pode concluir “que é uma birra, porque o Governo disse que queria que a redução tivesse reflexo já em 2024”. O Executivo pretendia estender o alívio do IRS às taxas do 7.º e do 8.º escalão do imposto.

LÍDER DO PS DIZ QUE SE BAIXA DO IRS NÃO FOR FEITA ESTE ANO É POR “BIRRA” DO GOVERNO

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Montenegro reagiu à decisão de Marcelo, mas em tom de desafio ao PS, autor do diploma, e ao Chega, que se absteve

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