REI LEÃO COROADO POR UM PUMA
Puma Rodríguez desfez esperança benfiquista. Zaydou ainda colocou mais um golo na ferida encarnada Protesto com tochas no relvado, em contraste com foguetes de campeão no Marquês
É a lei da selva. O leão foi ontem coroado rei absoluto do campeonato, e até contou com a felina ajuda de Puma Rodríguez, que abateu uma águia cada vez mais perdida. Foguetes de campeão para o Sporting de Rúben Amorim, tochas de protesto para o Benfica de Roger Schmidt.
Diz-nos uma popular música que de Bragança a Lisboa são nove horas de distância. Ora, nisto dos chutos e pontapés na bola, as coisas podem ser bem mais rápidas. Ontem, de Famalicão ao Marquês, a distância passou a ser apenas de uma hora e meia.
E foi ao jeito de rock and roll que começou a noite no Minho. Em cinco minutos, um golo anulado para cada lado foras de jogo confirmados no VAR a Di María e Cádiz. O ritmo estava dado para meia hora frenética: claras oportunidades de golo, boas defesas de ambos os guarda-redes e até uma bola de Puma ao poste da baliza de Trubin.
Quem não gostou do tom foi o homem do leme, Roger Schmidt, tantas vezes criticado por mexer tarde e que ontem recorreu ao banco logo ao intervalo, para buscar os suplentes Florentino, Rafa e Arthur Cabral. E em abono da verdade, o regresso dos balneários do Benfica foi forte, empurrando o Famalicão para a defesa e empurrando Schmidt para a desculpa habitual da finalização.
O que é certo é que o facto de Di María ter acertado no poste e Rafa e Arthur Cabral terem conseguido fazer ainda pior resulta muito da falta de confiança e de um espírito perdido algures na época.
Eis-nos então no minuto
71: Puma Rodríguez fez o que
A LEI DA SELVA quis da defesa do Benfica e rematou da faixa para as faixas de campeão nacional do Sporting. Com o Benfica arrumado, Zaydou ainda colocou mais um golo na ferida. E portanto, a carga pronta e metida nos contentores, adeus ao título que se foi. Tochas no relvado de Famalicão, foguetes no Marquês de Pombal. O rei, este ano, é o leão.