41 secretários de Estado tomam posse hoje
Escrutínio de isenção e probidade
Uma hora e meia de reunião formal com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e muitas mais de reflexão e espera fizeram prolongar pela noite dentro a aprovação, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, da lista dos 41 secretários de Estado que o líder do
Governo levou ontem a Belém, para completar a formação do XXIV Governo Constitucional.
À semelhança do que sucedeu com os nomes dos ministros, também os dos 41 secretários de Estado ficaram fechados a sete chaves, sendo desconhecidos até à hora de fecho deste edição. Seja como for, os novos governantes tomam posse esta tarde, no Palácio da Ajuda, numa cerimónia a que presidirá o Presidente da República.
Uma das justificações que podem ter explicado as várias horas que demoraram a conhecer a lista, foi o facto de os nomes dos secretários de Estado terem, por exigência de Marcelo, de passar pelo crivo do questionário construído por António Costa para assegurar a “isenção, imparcialidade e probidade exigíveis ao exercício de funções públicas”.
A mesma exigência foi aplicada aos ministros, como o CM noticiou oportunamente. As 36 perguntas que constam da Resolução do Conselho de Ministros n.º 2-A/2023 de 13 de janeiro têm de ser respondidas por aqueles que vão assumir cargos públicos, mas também pelo respetivo agregado familiar, de modo a tornar absolutamente blindado o nome que vai integrar o novo Governo.
O novo Executivo vai reunir todos os seus membros num Conselho de Ministros informal que decorrerá amanhã em Óbidos, distrito de Leiria, segundo informação avançada ontem pelo Ministério da Presidência, tutelado por António Leitão Amaro.