Ator valorizou a ‘canastrice’ do Rei do Rock
Teatro Estreia Leandro Lima diz que, mais do que os maneirismos, buscou o lado humano do cantor para levar sua versão de Elvis ao palco
O ator Leandro Lima, que interpreta Elvis Presley – em A Musical Revolution, desde ontem no Teatro Santander –, foi apresentado a Miguel Falabella por um amigo em comum, já como candidato ao papel. O diretor encarou a indicação com certo preconceito, admite. O ator, conhecido pelo público por seus personagens nas novelas Pantanal e Terra e Paixão, foi modelo. “Não vejo mais televisão. O Leandro é de uma geração que não é mais a minha. Vi as fotos e o achei lindo. Mas eu pensei: ‘um modelo?’ Quando ele entrou na audição e começou a cantar...”, conta o diretor.
Barítono – ou baritonão (o cantor que pode usar mais ainda os graves) – como Elvis, Lima, 42 anos, é estreante em musicais. Seu começo de carreira, ainda jovem, foi como cantor em João Pessoa, na Paraíba, onde nasceu. A profissão de modelo internacional veio depois, assim como a de ator. Além de Falabella, ele já havia impressionado Jô Soares, que o escolheu para a peça Gaslight – Uma Relação Tóxica (2022), último projeto do apresentador.
“Está tudo no tempo certo. Posso ser o galã agora, a ‘carne fresca’ com 40 anos”, diz Lima, para quem encarar Elvis em um musical grandioso não é para qualquer um. “Posso te dizer: tem muita gente da TV que não conseguiria fazer esse musical. É muito diferente do teatro de prosa, quando nos levantamos da mesa com o espetáculo quase pronto. Aqui tudo tem contagem, é quase esquizofrênico”, diz Lima – que admite ter experimentado uma disciplina que nunca teve na vida.
CANASTRICE. Ele define Elvis como um grande “canastrão” (ele faz algumas caras do astro). “Ele inaugurou a canastrice. Adoro isso”, diz. O ator, que esteve recentemente em Graceland – a mansão de Elvis, hoje um museu, em Memphis, nos Estados Unidos –, disse que buscou o humano de seu biografado (além de, claro, dominar