Com quatro medalhas, ginasta se torna a maior atleta olímpica do País
Aos 25 anos e em seu terceiro ciclo olímpico, Rebeca Andrade já é a brasileira com o maior número de medalhas na história dos Jogos Olímpicos. A prata conquistada ontem, no individual geral da ginástica artística de Paris, é a quarta da atleta desde Tóquio-2020, quando ela conquistou as duas primeiras medalhas femininas da modalidade para o País.
Rebeca supera as marcas da ex-jogadora de vôlei Fofão e da judoca Mayra Aguiar, que conquistaram três medalhas ao longo das carreiras. Mayra ainda compete na categoria por equipes em Paris e pode chegar a seu quarto pódio, mas não pode mais ultrapassar a ginasta, já que foi eliminada ontem da disputa até 78 kg.
A ginasta, por sua vez, ainda disputará três finais até o fim da Olimpíada (trave, solo e salto) e pode chegar à marca de sete medalhas no total. Com base no desempenho obtido na final por equipes, Rebeca tem boas chances de pódio no solo e no salto. Isso a faria superar o recorde de medalhas dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, maiores medalhistas olímpicos da história do País, com cinco medalhas.
Este é o segundo recorde que Rebeca quebra em Paris2024. Ao se classificar para cinco finais, superou as marcas de Jade Barbosa (Pequim-2008) e dela mesmo, em Tóquio2020. Em ambos os casos, as ginastas haviam disputado três decisões nos Jogos.
Depois de uma série de lesões na carreira, principalmente de ligamento, a ginasta vive em Paris a melhor fase de sua trajetória na ginástica.
Mesmo assim, não garante uma longa continuidade na Olimpíada. “Eu digo que tudo a Deus pertence. Eu falo assim porque realmente, para mim, é muito difícil fazer o individual geral depois de tantas lesões. Porque eu não tenho só as lesões do joelho direito, eu tenho do joelho esquerdo, eu tenho uma em cada pé, então realmente é complicado, sabe? Mas eu não sei”, afirmou, após a conquista da medalha de bronze por equipes.
“Enquanto o meu corpo aguentar, eu vou estar aqui. Pode ser que eu não faça todos os aparelhos, pode ser que eu faça três, dois, um. A gente não sabe. Mas é importante preparar também os fãs, as pessoas que torcem, porque quando a gente se despede é muito difícil”, completou Rebeca Andrade. •
Final do salto
Rebeca Andrade briga por mais uma medalha amanhã a partir das 11h20 (horário de Brasília)