O Estado de S. Paulo

Investimen­to ainda vai esperar

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Há planos para dobrar a capacidade da unidade, para 15 mil abates por dia, mas Zydek diz esperar melhoras no mercado interno para concretiza­r a expansão, prevista em R$ 500 milhões. Hoje a Frimesa tem 8% de participaç­ão no mercado de carne suína do País. Seu objetivo é, em dez anos, atingir 13% de market share.

• BARTER DIGITAL. O E-agro, marketplac­e de agronegóci­o do Bradesco, quer oferecer até o fim do ano a opção de barter, ferramenta pela qual o produtor troca grãos por insumos. “O que temos por enquanto é a Cédula de Produto Rural com garantia de produção, em que o produtor coloca grãos ou gado como garantias do empréstimo”, diz Nadege

Saad, head do E-agro. A novidade deve ir à frente junto com um parceiro ainda não divulgado.

• EXPANDE. A BemAgro, agtech de processame­nto de dados e imagens para a agricultur­a, quer ampliar a atuação em outros países, sobretudo na América Latina. No início do mês, na Argentina, participou da feira agrícola AgroActiva, onde seu produto desenvolvi­do em parceria com a CNH, o FieldXplor­er, despertou interesse de agricultor­es que detêm área de 150 mil hectares. Hoje, as soluções da startup alcançam 5 milhões de hectares em grãos, cana e cultivos perenes. O plano é dobrar esse número até 2031, diz Johann Coelho, o CEO.

• CRESCIMENT­O. A BemAgro espera que em cinco anos 30% do faturament­o venha da internacio­nalização, hoje em 10%. A expansão deve triplicar a receita em 2024, prevê Coelho. A empresa já fez uma rodada de investimen­tos de R$ 10 milhões em fevereiro para crescer inclusive no Brasil. A BemAgro começou a atuar na Ásia em 2023, onde alcança 60 mil hectares de cana, com possível avanço para 150 mil hectares até 2025. E também quer levar suas soluções à Europa e América do Norte em 2026.

• PERGUNTA E RESPONDE. A JetBov, startup de gestão pecuária, lança hoje o JetBov Gestor, um app com inteligênc­ia artificial, que como o ChatGPT, reúne e processa um número ilimitado de dados, a fim de traçar a melhor estratégia para decisões. Para garantir o maior nível de acertos, a ferramenta é abastecida por conteúdos técnicos e estratégic­os, diz Xisto Alves, CEO da JetBov, que investiu R$ 8,2 milhões na tecnologia e pretende alcançar as 3,9 mil fazendas pecuárias que já usam o JetBov.

• CABO DE GUERRA. O setor produtivo volta a temer que o seguro rural possa ficar de fora do Plano Safra 2024/25. Parte do governo defende que a subvenção ao prêmio do seguro seja discutida no orçamento anual, enquanto o Ministério da Agricultur­a busca a suplementa­ção dos recursos em ao menos R$ 1 bilhão para 2024, junto ao anúncio da política de crédito oficial e além dos atuais R$ 947 milhões. “O governo precisa rever o conceito de o Plano Safra ser focado só em crédito e atrelá-lo a políticas de mitigação de risco”, diz fonte contrária à separação dos assuntos.

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