Linha 5 terá extensão até o Jardim Ângela ao custo de R$ 4,3 bilhões
Concessionária ficará encarregada dos estudos; expectativa é de começar obra no próximo ano e iniciar a operação em 2028
A Linha 5-Lilás do Metrô ganhará uma extensão de duas estações no sentido do Jardim Ângela, na zona sul da capital. Os contratos para a ampliação do percurso, feitos na forma de aditivo para elaboração dos estudos de viabilidade e dos projetos executivos, foram assinados pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na sexta-feira.
O aumento da linha custará R$ 4,3 bilhões. A previsão é de que o trajeto, operado pela concessionária ViaMobilidade, se estenda por mais 4,3 quilômetros por meio de duas novas estações – Comendador Sant’anna e Jardim Ângela. Espera-se que cerca de 150 mil pessoas passem a utilizar o ramal assim que a ampliação estiver pronta.
Atualmente, a linha liga a Chácara Klabin (Linha 2-Verde do Metrô) ao Capão Redondo.
O trajeto cobre 20 quilômetros de extensão (passará a ter 24,3 km) e tem 17 estações. Segundo dados do governo paulista, mais de 507 mil passageiros se deslocam pelo percurso. Com a ampliação, a previsão é de que esse contingente suba para 650 mil usuários.
Dos 4,3 km de novos trilhos do ramal, 3,2 km serão feitos em elevado e 1,1 km, no subterrâneo. Ainda de acordo com o governo, a linha passará a ter conexão com o terminal de ônibus existente na região. Para isso, está prevista também a construção de passarelas para pedestres.
“A expectativa é de que as obras comecem no primeiro trimestre de 2025 e sejam concluídas com o início da operação em 2028”, afirmou o governo de São Paulo, em nota.
APRIMORAMENTOS. A linha também tem recebido iniciativas para aprimorar a relação com o usuário. No mês passado, a ViaMobilidade iniciou obras com IHS Brasil, uma empresa de infraestrutura em comunicação, para instalar um sistema de cobertura de sinal de telefonia e fornecer 4G. O projeto teve início em abril e tem como objetivo proporcionar conexão de celular e internet para 12 das 17 estações da via que ainda não possuíam. Atualmente, apenas a Estação Campo Belo está em obras para permitir o acesso à internet. A concessionária prevê que em um prazo de 12 a 18 meses todas as outras estações da linha também possam ter sinal.
Ainda no mês passado, o Instituto Jô Clemente (IJC), um dos espaços de referência em inclusão na capital paulista, iniciou um teste do uso de linguagem simples em placas de metrô. O objetivo, em parceria com a concessionária, é facilitar a mobilidade de pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e baixo letramento.
A Estação Hospital São Paulo foi a primeira a receber as ações. O local deve ter todas as placas com comunicação acessível até o fim deste ano. •