Iniciativa de alunos ajuda empreendedores
Estudantes de escola americana de SP têm entidade que dá apoio a pessoas que buscam aprimorar iniciativas em Paraisópolis
Após uma visita ao Instituto Unidos da Paraisópolis, o estudante de 17 anos Max Popik decidiu que queria auxiliar empreendedores a desenvolverem seus negócios e a atingirem um crescimento sustentável. Assim surgiu a organização sem fins lucrativos Pescadores, hoje comandada por oito alunos do ensino médio de uma escola americana na Vila Suzana, perto de Paraisópolis.
O primeiro cliente do grupo, que não cobra pelas consultorias, foi Leandro Duarte, morador de Paraisópolis e fundador da empresa de cybersegurança WeHack. Com 22 anos, o programador decidiu empreender após descobrir uma falha de segurança nos e-mails corporativos do Google. Ele foi até premiado pela big tech pela descoberta, mas a dificuldade para conseguir clientes para sua startup o fez buscar o apoio dos Pescadores, que identificaram que a lacuna da empresa estava em comunicação e marketing.
“Nosso primeiro passo foi ajudar o Leandro a esclarecer o plano de negócios da WeHack. Ele tinha estrutura técnica muito boa, mas ajudamos a alinhar uma forma de negócios e desenvolver um pitch (apresentação)”, diz Max. Aluno da Graded School, ele e os colegas da escola americana tocam o projeto por conta própria.
“Estávamos no momento de consolidação no nosso portfólio de serviços e soluções, começando a visitar empresas.
Os Pescadores nos ajudaram em duas coisas principais: no marketing e nos aproximando de empresas”, relata Leandro. Após o trabalho com os Pescadores, a WeHack fechou contratos com grandes empresas dos setores de óleo e gás, financeiro, logística e alimentício.
Os Pescadores não têm um foco específico de atuação. A ideia é atuar nos pontos onde os empreendedores têm maior deficiência, personalizando o atendimento para cada situação. “Não temos um modelo fixo. Fazemos muita pesquisa online e em livros de empreendedorismo”, diz Max.
Após a WeHack, os Pescadores passaram a atuar com o Unidos da Paraisópolis visando a garantir a sustentabilidade financeira da ONG, que capacita crianças e adolescentes por meio de música, educação, tecnologia e artes. Eles buscam formas de ajudar a ONG a planejar suas ações para que as contas fiquem no azul. Dão ainda suporte a uma empresa de marketing digital e, além disso, querem levar seu trabalho para além de Paraisópolis.
Com trabalho não remunerado, grupo quer ir além de Paraisópolis
Pescadores Oito alunos do ensino médio de escola americana na Vila Suzana comandam a organização