Citi aposta em força global para crescer no segmento de empresas médias no País
OCiti quer usar a sua presença global como uma força para avançar sobre as médias empresas no Brasil. A aposta no País faz parte de uma ofensiva global para dobrar a participação do grupo no segmento no mundo, dos atuais 2% para 4% até 2025. No Brasil, estão nesse grupo empresas com faturamento anual a partir de R$ 250 milhões ao ano e startups com alto potencial de crescimento. Uma das estratégias para chegar a esse salto no mercado brasileiro será o lançamento de uma plataforma voltada especificamente para as médias companhias, uma espécie de internet banking. A ferramenta está em uso nos Estados Unidos, vem sendo testada na Ásia e o objetivo é lançar por aqui no próximo ano.
Banco contratou 300 pessoas
Nos últimos três anos, o banco anunciou um aporte de US$ 50 milhões em tecnologia no País e contratou 300 pessoas. Desde que vendeu o varejo ao Itaú Unibanco, em 2017, o Citi quase quadruplicou os seus ativos no Brasil. Hoje, é a quinta maior operação no mundo.
Receitas crescem a dois dígitos
As receitas cresceram dois dígitos nos últimos 3 anos, em linha com o plano estratégico do Citi para o Brasil. “Somos um negócio em crescimento e estamos muito interessados no Brasil”, diz a diretora global de Commercial Bank do Citi, Tasnim Ghiawadwala. O Citi está presente hoje em 95 países.
• TRAJETÓRIA. A executiva foi trazida do rival Barclays exatamente para tocar a estratégia de crescimento do segmento no mundo, com o desafio de quebrar o tabu de que o Citi não era banco para as médias empresas. “Estamos nessa jornada e não diminuímos a nossa ambição. É um plano muito ambicioso e temos investido pesadamente no negócio, em tecnologia, e contratamos muitos bankers”, diz.
• NO RADAR. Na mira do Citi, estão ainda grandes corporações, fora o universo de startups, em especial, as candidatas a unicórnios, aquelas com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão. O banco não revela a sua participação exata no País, mas diz que a fatia supera números globais da instituição.
• RECURSO. A Novonor (ex-Odebrecht) entrou com embargo de declaração questionando pontos da sentença da 2ª Vara Empresarial e de conflitos de arbitragem de São Paulo que condenou a companhia a indenizar a Braskem em US$ 1 bilhão, conforme documento obtido pela Coluna. Esse é um primeiro passo de um recurso que está sendo preparado para questionar a decisão.
• ORIGEM. A ação contra a Novonor foi movida pelo acionista Aurélio Valporto e pelo fundo de investimento Geração Futuro, do empresário Lírio Parisotto, que responsabilizam a Novonor por esquemas de corrupção na Braskem que vieram à tona durante as investigações da operação Lava-Jato.
• OBJETO. Em 17 de maio, o juiz da vara empresarial deu sentença
favorável aos acionistas e condenou a Novonor a indenizar a Braskem por danos materiais, envolvendo montante próximo a US$ 1 bilhão. A sentença determina ainda pagamento de 5% desse valor para Valporto e ao fundo do empresário Parisotto e outros 10% para os advogados da causa. A discussão jurídica é antiga e foi iniciada em 2018.
• REGRA. Pelos termos dos acordos de leniência assinados nos Estados Unidos, Suíça e Brasil, qualquer compensação financeira recebida pela Braskem da Novonor tem o poder de anular o que foi firmado, potencialmente ocasionando problemas para a petroquímica junto ao mercado e a bancos estrangeiros. A anulação tem extensão ao acordo do Brasil.
• NEGÓCIO. A RZK Energia concluiu nesta semana a compra de quatro usinas fotovoltaicas junto à Solar Gold Brasil, numa operação de R$ 19 milhões.