O Dia

Vaquinha para ajudar família de técnico de TI morto

Iniciativa já arrecadou mais de R$ 20 mil. Dinheiro será destinado às compras e contas da casa da família de Walace de Oliveira Cláudio

- ROBERTA SAMPAIO roberta.sampaio@odia.com.br

Amigos de Walace de Oliveira Cláudio, de 35 anos, uma das vítimas do ataque a tiros ocorrido na última semana na Praça Barão de Drumond, em Vila Isabel, na Zona Norte, organizara­m uma vaquinha para ajudar a família do técnico em Tecnologia da Informação. A iniciativa tem o objetivo de prestar suporte financeiro aos familiares neste momento de dor e dificuldad­e.

Inicialmen­te, a campanha tinha como meta arrecadar R$ 10 mil, mas, devido à solidaried­ade de amigos e desconheci­dos, já somava, até a manhã de ontem, quase R$ 23 mil. O dinheiro será destinado ao pagamento de compras e contas de casa, enquanto a família aguarda a liberação das burocracia­s do seguro de vida de Walace.

Ao DIA, a viúva do rapaz disse estar grata pela iniciativa dos amigos. Emocionada, ela ressaltou que o dinheiro será de grande ajuda durante este período inicial, enquanto lida com a perda e as despesas imediatas. Ludmilla Souza do Nascimento, de 29 anos, destacou o quanto a solidaried­ade de todos tem sido importante para passar por este momento tão difícil e inesperado.

“Eu soube há poucos dias que essa vaquinha foi feita pelos amigos do trabalho dele. Eles fizeram para que nossa família possa arcar com os gastos das contas do nosso apartament­o até a gente conseguir dar entrada nos benefícios que ele tem direito, como o seguro de vida. Esse processo é bem demorado e a gente não sabe quantos meses teremos que esperar. Não era isso que eu queria, se eu pudesse trocar isso tudo pela vida do meu marido, eu trocaria, mas infelizmen­te, a vida aqui continua”, desabafou.

RELEMBRE O CASO

Walace e a mulher lanchavam em um trailer na Praça Barão de Drumond, que também é conhecida como Praça 7, enquanto o filho brincava em um pula-pula. Ludmilla e Walace haviam se mudado de Vila Isabel para Bonsucesso, ano passado, mas o marido, segundo ela, fez questão de voltar ao bairro onde morava para assistir ao jogo do Botafogo, seu time do coração, ao lado do pai.

Após o fim da partida, eles decidiram ficar um pouco mais, sentados e conversand­o, quando bandidos passaram atirando e Walace foi baleado na cabeça.

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REPRODUÇÃO / ARQUIVO PESSOAL Walace de Oliveira, a mulher Ludmilla de Souza e o filho do casal

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