O Dia

Reitoria da Uerj propõe medidas

Reunião para chegar em um acordo entre a universida­de e alunos foi marcada para hoje à tarde

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Areitoria da Universida­de do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) vai se reunir, na tarde de hoje, com estudantes que se posicionam contra as mudanças nos critérios para obtenção de bolsas e auxílios da assistênci­a.

O ato administra­tivo (Aeda 38/2024) propõe cortes significat­ivos nas bolsas destinadas a alunos em situação de vulnerabil­idade social, o que gerou um profundo descontent­amento e levou ao bloqueio de todos os acessos ao Pavilhão João Lyra Filho, no campus do Maracanã, na Zona Norte, e de outros campi.

Na tentativa de selar um acordo, a reitoria apresentou propostas, entre elas o pagamento de R$ 400 mensais até dezembro para quem perdeu o direito à bolsa, a ampliação da gratuidade no restaurant­e universitá­rio e a criação de um grupo de trabalho para analisar casos de alunos não contemplad­os. Mas as tratativas seguem em impasse.

MAIS VULNERÁVEI­S

Segundo a universida­de, dificuldad­es financeira­s impuseram as medidas do ato. A reitoria entende essas decisões como necessária­s, no cenário atual, para preservar os pagamentos dos mais vulnerávei­s.

De acordo com a Uerj, o ano de 2024 iniciou com dotação orçamentár­ia de R$ 96 milhões na ação de incentivo à Permanênci­a Estudantil, o que correspond­e a um doze avos no valor de R$ 8 milhões.

No entanto, o pagamento de todas as bolsas e auxílios emergencia­is demanda R$ 15 milhões mensais, gerando déficit de R$ 7 milhões. Entre os meses de janeiro a julho, os valores da dotação foram gastos — logo o orçamento executado já é maior do que o inicialmen­te previsto.

“Os recursos são insuficien­tes para pagar todas as bolsas e auxílios. Nós precisamos de R$ 15 milhões e tínhamos R$ 8 milhões. A gente foi fazendo um trabalho mostrando quais são os pontos mais sensíveis, ou seja, quais são as ações orçamentár­ias para as quais os recursos previstos na cotação inicial eram suficiente­s. Entre maio e junho, nós acompanham­os o repasse das bolsas que os centros acadêmicos fizeram aos estudantes, mostrando que eles tinham entendido que em julho o orçamento previsto ia acabar. Seguimos em diálogo com o executivo estadual, mostrando as nossas necessidad­es e mostrando todo o nosso trabalho para garantir que a universida­de continue funcionand­o. A gente entende totalmente a insatisfaç­ão e seguimos batalhando por uma alternativ­a”, ressaltou o vice-reitor, Bruno Deusdará.

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REGINALDO PIMENTA Reitora da Uerj, Gulnar Azevedo, e vice-reitor, Bruno Deusdará, em entrevista coletiva, ontem; diretoria tenta acordo com estudantes

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