Polícia e MP investigam milícia que faturou R$ 10 mi com ‘gatonet’
O grupo investigado é chefiado por Gilson Ingrácio de Souza Júnior, o Juninho Varão
A Polícia Civil e o Ministério Público realizaram uma operação, ontem, contra a milícia chefiada por Gilson Ingrácio de Souza Júnior, o Juninho Varão, que atua em bairros de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo investigações, o grupo conhecido como ‘Bonde do Varão’ faturou R$ 10 milhões entre 2022 e 2023 com serviços de internet.
Ao todo, os agentes cumpriram 19 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos três celulares, um notebook, R$ 68 mil, materiais de TV e internet, um carro e documentos.
De acordo com o MPRJ, a organização é acusada de praticar diversos crimes, incluindo extorsão de comerciantes e moradores, exploração de serviços de gás, água e internet, comercialização de gelo, agiotagem, operação de vans, cobrança de taxas condominiais e gestão de aterros clandestinos.
Ainda segundo investigações, também lidera a milícia Warley Paul Mansur de Souza, apontado como responsável pelas extorsões na região. O grupo atua nos bairros de Cabuçu, Aliança, Jardim Laranjeiras,
Valverde e Palhada.
Segundo apurado, a organização criminosa utiliza duas empresas provedoras de internet para lavar o dinheiro advindo de atividades ilegais.
A Operação Ruptura foi realizada pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas com apoio do
O bando é acusado de crimes de extorsão, exploração de serviços e muitos outros
Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
QUEM É JUNINHO VARÃO?
Juninho Varão era considerado um dos homens fortes de Danilo Dias Lima, o Tandera, mas após um golpe, passou a controlar a milícia que atua em bairros como
Cabuçu, Palhada, Valverde e Grão Pará, em Nova Iguaçu. No município, ele disputa o controle de territórios com o grupo de Luís Antônio Braga, o Zinho, que está preso desde dezembro do ano passado após se entregar
à Polícia Federal.
Segundo investigações, ele mantinha uma aliança com Tauã Oliveira, o Tubarão, morto em fevereiro, e por isso é um dos nomes investigados como sucessor do miliciano.