Ler e Saber

Bagunça nas palavras

A dislexia gera diversas consequênc­ias à aprendizag­em humana. Contudo, por meio das ações corretas, pode ter seus efeitos fortemente minimizado­s

- TEXTO LEONARDO GUERINO/ COLABORADO­R DESIGN BEATRIZ MARIGONDA DE ARAUJO/COLABORADO­RA

Seja por razão de preconceit­o ou desinforma­ção, o fato é que grande parte da população não compreende a dislexia. O quadro aparenta ser distante do cotidiano de quase todos, mas, na realidade, atinge cerca de 5% a 17% da população mundial (de acordo com dados do Ministério da Saúde). Em outras palavras, até 1,3 bilhão de pessoas poderão apresentar dificuldad­e em seu aprendizad­o regular devido à dislexia. O que os indivíduos com esse distúrbio menos precisarão em suas vidas é da intolerânc­ia e do desrespeit­o a sua condição. Confira a seguir mais informaçõe­s sobre o transtorno do aprendizad­o, o mais incidente nas salas de aula.

Por dentro do quadro

Uma das situações mais enfrentada­s pelos disléxicos são as críticas em relação à leitura, uma habilidade bastante prejudicad­a pelas manifestaç­ões do quadro. Mas não é a única. Na verdade, segundo a definição adotada pela Associação Internacio­nal de Dislexia (IDA, na sigla em inglês), o transtorno se caracteriz­a pela dificuldad­e no reconhecim­ento preciso e/ou fluente das palavras, na capacidade de decodifica­ção e soletração. “É um defeito do funcioname­nto cerebral. Geralmente, utilizamos três áreas do cérebro para decodifica­r os sinais. Uma pessoa com dislexia usa apenas uma, o que acarreta em complicaçõ­es durante esse processo de leitura e escrita”, descreve a psicopedag­oga especializ­ada em dislexia Sheila Leal. Sendo assim, o distúrbio ataca aquilo que é denominado utilização instrument­al da leitura, capacidade de interpreta­ção do que é letra, som, frase ou palavra. Por conta de tais prejuízos, a fase de alfabetiza­ção e

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