Bagunça nas palavras
A dislexia gera diversas consequências à aprendizagem humana. Contudo, por meio das ações corretas, pode ter seus efeitos fortemente minimizados
Seja por razão de preconceito ou desinformação, o fato é que grande parte da população não compreende a dislexia. O quadro aparenta ser distante do cotidiano de quase todos, mas, na realidade, atinge cerca de 5% a 17% da população mundial (de acordo com dados do Ministério da Saúde). Em outras palavras, até 1,3 bilhão de pessoas poderão apresentar dificuldade em seu aprendizado regular devido à dislexia. O que os indivíduos com esse distúrbio menos precisarão em suas vidas é da intolerância e do desrespeito a sua condição. Confira a seguir mais informações sobre o transtorno do aprendizado, o mais incidente nas salas de aula.
Por dentro do quadro
Uma das situações mais enfrentadas pelos disléxicos são as críticas em relação à leitura, uma habilidade bastante prejudicada pelas manifestações do quadro. Mas não é a única. Na verdade, segundo a definição adotada pela Associação Internacional de Dislexia (IDA, na sigla em inglês), o transtorno se caracteriza pela dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente das palavras, na capacidade de decodificação e soletração. “É um defeito do funcionamento cerebral. Geralmente, utilizamos três áreas do cérebro para decodificar os sinais. Uma pessoa com dislexia usa apenas uma, o que acarreta em complicações durante esse processo de leitura e escrita”, descreve a psicopedagoga especializada em dislexia Sheila Leal. Sendo assim, o distúrbio ataca aquilo que é denominado utilização instrumental da leitura, capacidade de interpretação do que é letra, som, frase ou palavra. Por conta de tais prejuízos, a fase de alfabetização e