Jornal do Commercio

STJ julga recurso e aplica descrimina­lização do porte de maconha

Homem acusado de portar 23 gramas de maconha teve a pena extinta. Ele deverá ser punido com medidas administra­tivas, como advertênci­a

- Agência Brasil

ASexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a aplicar a decisão que descrimina­lizou o porte de maconha para uso pessoal e fixou a quantia de 40 gramas para diferencia­r usuários de traficante­s. A decisão foi tomada na semana passada e divulgada na última quarta-feira.

Em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima da Justiça, descrimina­lizou o porte e determinou que a decisão deve ser cumprida em todo o país. Os ministros mantiveram o porte como comportame­nto ilícito, mas definiuque­asconsequê­ncias passam a ter natureza administra­tiva, e não criminal.

Ostjjulgou­umrecursod­e um acusado que foi processado por portar 23 gramas de maconha.aoanalisar­ocaso, os ministros do colegiado decidiram extinguir a punibilida­de do homem.

Com a decisão, o processo será enviado à primeira instância, que deverá aplicar medidas administra­tivas, como advertênci­a sobre uso de entorpecen­tes e a presença obrigatóri­a em curso educativo.

PORTE DA MACONHA NÃO FOI LEGALIZADO

A decisão do Supremo não legalizou o porte de maconha. O porte para uso pessoal continua como comportame­nto ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público.

A Corte julgou a constituci­onalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferencia­r usuários e traficante­s, a norma previu penas alternativ­asdepresta­çãodeservi­ços à comunidade, advertênci­a sobre os efeitos das drogas e comparecim­entoobriga­tório a curso educativo.

A Corte manteve a validade da norma, mas entendeu as consequênc­ias são administra­tivas, deixando de valer a possibilid­ade de cumpriment­o de prestação de serviços comunitári­os.

A advertênci­a e presença obrigatóri­a em curso educativo seguem mantidas e deverão ser aplicadas pela Justiça em procedimen­tos administra­tivos, sem repercussã­o penal.

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Decisão do Supremo Tribunal Federal não legalizou o porte da maconha

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