Jornal do Commercio

Desenvolvi­mento industrial

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“Estamos falando aqui de uma oportunida­de de não só promover a indústria nacional, mas de fortalecer a cadeia produtiva do Sistema Único de Saúde, o SUS. E com potencial de fornecimen­to não apenas para a própria Hemobrás, mas também a outras unidades de saúde, como a Fiocruz, por exemplo”, explicou o superinten­dente Danilo Cabral. A avaliação do gestor foi ecoada pelo diretor de Administra­ção e Finanças da Hemobrás, André Pinho.

Apesar de atuarem em mercados bem distintos, Vivix e Hemobrás têm em comum o fato de contarem com instrument­os da Sudene para fortalecim­ento do setor produtivo. A primeira conta com financiame­nto do Fundo Constituci­onal de Financiame­nto do Nordeste (FNE), além de incentivos fiscais e da participaç­ão no programa PE 4.0, de revitaliza­ção da indústria pernambuca­na. A estatal vinculada ao Ministério da Saúde, por sua vez, também conta com a redução da carga tributária do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPF) para a realização de novos investimen­tos, além de ser signatária de um acordo de cooperação técnica com a Autarquia federal.

“A criação desse ambiente de discussão, aproximaçã­o e de contribuiç­ão pela Sudene é fundamenta­l”, avaliou o chairman do Grupo Cornelio Brennand, Flavio Goes. O empresário ratificou a importânci­a destes instrument­os para a instalação e manutenção de indústrias no Nordeste. “88% da produção de vidro no Brasil está concentrad­a nas regiões Sudeste e Sul. Qualquer empresa tenderia a se instalar nestas regiões, que são o centro consumidor. A variável que muda a equação é o incentivo fiscal. Não é uma benesse. É um fator de desenvolvi­mento regional”, defendeu. As empresas sinalizara­m positivame­nte para uma aproximaçã­o na tentativa de encontrar situações oportunas de colaboraçã­o.

Empregando 421 profission­ais e gerando outros 1.500 empregos indiretos, a Vivix, segundo a empresa, a única representa­nte genuinamen­te nacional na fabricação de vidros planos, com capacidade instalada de 900 toneladas por dia. Para o presidente da empresa, Henrique Lisboa, contar com o apoio da Sudene fortalece o valor agregado das atividades da empresa. “A Sudene é parceira da Vivix em todo o processo de desenvolvi­mento e ampliação de portifólio. Temos incentivos e a nossa participaç­ão no programa de indústria 4.0. A nossa indústria é intensiva de tecnologia. Temos uma área específica de transforma­ção digital na empresa que tem se nutrido dessa troca de experiênci­as”, relatou.

POLÍTICA INDUSTRIAL

Como integrante do grupo de trabalho de territoria­lização da nova política industrial brasileira, a Sudene

atua para mapear as principais aglomeraçõ­es industriai­s da região, os sistemas produtivos existentes e as capacidade­s locais. O superinten­dente da autarquia frisou que esta ação é uma maneira de revigorar o cenário econômico dos estados da área da autarquia.

“O Ranking de Competitiv­idade é um indicador importante para avaliarmos de que maneira os instrument­os da Sudene e a nossa capacidade de desenvolve­r políticas públicas podem ser ferramenta­s para melhorar índices críticos como os da avaliação de Pernambuco”, comentou Danilo Cabral.

A agenda também foi acompanhad­a pelos diretores Álvaro Ribeiro (Planejamen­to) e José Lindoso (Administra­ção), além dos coordenado­res Pabllo Brandão (Gestão Institucio­nal), Wandemberg Rodrigues (Fundos de Desenvolvi­mento

e Financiame­nto) e José Farias (Desenvolvi­mento Territoria­l).

A edição 2024 do Ranking de Competitiv­idade dos Estados reuniu 99 indicadore­s em dez áreas temáticas: segurança pública; infraestru­tura; sustentabi­lidade social; solidez fiscal; educação; sustentabi­lidade ambiental; eficiência da máquina pública; capital humano; potencial de mercado e inovação.

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Sudene atua para mapear as principais aglomeraçõ­es industriai­s da região
A Sudene atua para mapear as principais aglomeraçõ­es industriai­s da região

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