Especialistas alertam para sintomas e tratamento da crise de pânico
Transtorno é acompanhado por crises repentinas e intensas de ansiedade, com forte sensação de medo, mal-estar, ritmo cardíaco acelerado e outros sinais
Palpitação, taquicardia, suor em excesso, tremor, náusea, tontura e medo de morrer estão entre as manifestações que podem estar presentes numa crise de ansiedade, aquela que afeta negativamente a rotina e a vida social. Nesse contexto, precisamos falar sobre o transtorno de pânico, que é acompanhado por crises repentinas e intensas, com forte sensação de medo ou mal-estar.
PALESTRAS DE CONSCIENTIZAÇÃO
Esse é o tema de um evento que será realizado na próxima quinta-feira (15/8), às 17h, no auditório da Livraria Jaqueira do Bairro do Recife.
Três especialistas participam do evento: Rosana Miranda (psicóloga clínica), Wilson Oliveira (médico e professor de cardiologia da Universidade de Pernambuco) e Amanda Britto Lyra (psicanalista associada ao Círculo Psicanalítico de Pernambuco - CPP).
Quem quiser assistir às palestras do evento deve levar um quilo de alimento não perecível ou uma lata de leite.
ATENÇÃO A TRÊS ASPECTOS DO DISTÚRBIO
O transtorno de pânico faz parte dos distúrbios de ansiedade. É caracterizado pela presença de três síndromes clínicas: o ataque de pânico, a ansiedade antecipatória (paciente desenvolve preocupação de que um ataque de pânico ocorra novamente, o que leva a um estado crônico de ansiedade) e a esquiva fóbica. Nesta última condição, a pessoa fica tão amedrontada de sofrer novo ataque de pânico que evita estar em locais ou situações de onde seja difícil escapar ou obter ajuda.
ANSIEDADE E CRISE DE PÂNICO: DIFERENÇAS
Em linhas gerais, a intensidade de sintomas (coração acelerado, falta de ar e mãos trêmulas) diferencia a ansiedade de um ataque de pânico.
ATENÇÃO A ESTES SINAIS
O ataque de pânico, segundo mostra um artigo publicado na revista Debates em Psiquiatria, é um período de intenso medo ou desconforto, em que quatro ou mais dos seguintes sintomas se desenvolvem abruptamente e atingem um pico em torno de dez minutos:
1) Falta de ar (dispneia) ou sensação de asfixia
2) Vertigem, sentimentos de instabilidade ou sensação de desmaio
3) Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado (taquicardia)
4) Tremor ou abalos 5) Sudorese 6) Sufocamento 7) Náusea ou desconforto abdominal
8) Despersonalização ou desrealização (paciente se sente constantemente desconectado de seu corpo e de seus pensamentos)
9) Anestesia ou formigamento (parestesias)
10) Ondas de calor ou frio
11) Dor ou desconforto no peito
12) Medo de morrer 13) Medo de enlouquecer ou cometer ato descontrolado
PREVALÊNCIA
A Organização Mundial
de Saúde (OMS) alerta para o fato de a ansiedade ser uma das responsáveis pela metade das doenças mentais existentes no mundo. O transtorno de pânico atinge de 2% a 4% da população mundial, de acordo com a OMS.
TRATAMENTO
É importante destacar que é possível tratar a síndrome do pânico e retomar a qualidade de vida.
A psicoterapia e o tratamento medicamentoso ajudam a controlar os ataques de pânico, pois são capazes de diminuir a frequência e a intensidade dos sintomas.
A terapia ajuda o paciente a trabalhar formas de lidar com os sintomas e até mesmo evitá-los. Já os medicamentos podem ser usados mediante orientação médica.