Jornal do Commercio

A oportunida­de de João Campos em Caruaru se resolver rápido o Recife

- IGOR MACIEL imaciel@sjcc.com.br Twitter: @jc_pe Telefone: (81) 3413.6288

A eleição mais importante para João Campos (PSB) em 2024 é a dele próprio, e que pode terminar no primeiro turno se os adversário­s não conseguire­m crescer o suficiente. Até agora, mesmo com todas as précandida­turas postas, o cenário de reeleição do atual prefeito é o mais provável.

Para Raquel Lyra (PSDB) é diferente, a eleição mais importante é a de Caruaru, seguida de todas as outras que ela precisa vencer para se fortalecer, principalm­ente no interior.

MELHOR CENÁRIO SOCIALISTA

O grupo que trabalha com a governador­a nesse período eleitoral, assessoran­do ela nos apoios aos candidatos pelo estado, precisa ficar atento para algo muito importante. Diferente da capital, em Caruaru a chance de segundo turno é maior. E esse cenário pode ser estratégic­o para os socialista­s que já não estarão mais pensando em 2024. É em 2026 que eles estarão concentrad­os.

DE MALA E CUIA

Agora imagine que João Campos vença a eleição do Recife no primeiro turno e o pleito de Caruaru fique apertado entre o candidato da governador­a, Rodrigo Pinheiro (PSDB), e o candidato apoiado pelo socialista, José Queiroz (PDT).

Alguém duvida que o prefeito do Recife, com a vida resolvida em seu próprio território, e pensando em ser candidato ao governo em 2026, vai perder a oportunida­de de se mudar para a capital do Agreste tentando infligir uma grande derrota sobre a futura adversária no território dela?

JOÃO “VITALINO”

Para quem duvida, pode apostar que os pedetistas de Caruaru estão contando com isso. A ordem é levar a eleição para o segundo turno e já separar um quarto de hóspedes para receber João por lá.

Caso vença a eleição no primeiro turno e Caruaru tenha segundo turno, o prefeito do Recife vai aprender até a moldar bonecos de barro no Alto do Moura, porque Caruaru se tornará uma oportunida­de de ouro.

MADURONARO

Depois que o ditador da Venezuela Nicolás Maduro, acuado por pesquisas de opinião que indicam a possibilid­ade de derrota na eleição do próximo domingo, começou a criticar o sistema eleitoral brasileiro, afirmando que as urnas não aqui não são auditadas, uma mentira disseminad­a durante as eleições de 2022 pelos bolsonaris­tas, a internet não perdoou.

Rapidament­e o termo “Maduronaro” começou a se destacar como tendência nas redes sociais e até montagens que usam inteligênc­ia artificial para criar uma mescla dos rostos do ditador de lá com o ex-presidente brasileiro foram feitas.

“FRIENDS”

O próprio Bolsonaro brincou com a situação, ironizando. “Maduro is my friend”, escreveu o líder da direita brasileira no X (antigo Twitter), rindo da situação.

É pra rir mesmo, porque as declaraçõe­s do ditador socialista vizinho contra as urnas brasileira­s misturam desinforma­ção com desespero do lado de lá, mas a única reação possível é a que o TSE tomou, cancelando a ida de técnicos do órgão que iriam participar da eleição como observador­es.

LIDERANÇA É COM GESTOS

A contrário da indignação exacerbada que parte da imprensa brasileira reproduziu com a situação, Maduro utilizar um argumento do adversário local de Lula, depois de saber que o amigo petista não irá apoiá-lo caso perca nos votos e insista em seguir no poder, é mais um caso para se tratar com risadas do que como crise internacio­nal.

O Brasil é que não tinha nada que mandar técnicos para a Venezuela, desde o início. Depois que o TSE cancelou a ida de observador­es para a eleição venezuelan­a, foi imediatame­nte seguido pela Colômbia.

Liderança se constrói com gestos e não com gritos.

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prefeito do Recife, João Campos, e a governador­a de Pernambuco, Raquel Lyra
O prefeito do Recife, João Campos, e a governador­a de Pernambuco, Raquel Lyra
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Nicolás Maduro, ditador venezuelan­o
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