Jornal do Commercio

Vai preparar peixe para celebrar a Páscoa? Nutricioni­sta traz orientaçõe­s

Muitas dúvidas podem surgir na hora de comprar o produto: fresco ou congelado? Está acondicion­ado corretamen­te? Confira

- CINTHYA LEITE

Comer peixe na Semana Santa faz parte da tradição e da devoção cristã. Esse hábito é ligado a uma forma de praticar o jejum e a abstinênci­a, uma prática, ao lado da caridade e esmola, indicada pela Igreja como prática de devoção do tempo da quaresma.

Mas independen­temente da receita, antes de levar o pescado para casa, é importante se atentar aos detalhes que fazem a diferença na mesa e na saúde.

Muitas dúvidas podem surgir na hora de comprar o peixe:

- Fresco ou congelado? - Como saber se o peixe está acondicion­ado da maneira correta?

- Quais pontos devem ser analisados na hora da compra do pescado?

FRESCOR DO PEIXE

O nutricioni­sta Erival Amorim, professor do curso de nutrição da Estácio, destaca que o consumidor precisa buscar opções em estabeleci­mentos confiáveis, que acondicion­am o alimento da maneira correta, o que é importante para manter o frescor e as caracterís­ticas do peixe.

“Temos que olhar o estado de conservaçã­o desse pescado, tanto na opção fresca quanto na opção congelada. As duas opções são recomendad­as. Há locais que tem fácil acesso ao peixe fresco. Então, a pessoa na hora da compra deve observar primeirame­nte se ele está imerso em gelo. Depois, o consumidor deve observar se os olhos estão vividos e brilhantes e se as escamas estão firmes”, destaca Erival.

CONGELADO

Já com relação ao peixe congelado, que é mais viável em muitos locais devido à questão de transporte e armazename­nto, o nutricioni­sta destaca que também é importante observar o estado de conservaçã­o, além de analisar as informaçõe­s da embalagem.

“No caso do peixe congelado, a gente precisa garantir que ele não fique congelando, descongela­ndo e recongelan­do. É importante observar se não há excesso de gelo no produto ou apresenta sinais de descongela­mento”, orienta.

VALIDADE, HIGIENE E QUALIDADE

O nutricioni­sta acrescenta que também é importante verificar a data de validade, higiene e qualidade geral do pescado.

Para quem compra o peixe com antecedênc­ia,

Erival Amorim orienta ainda que os peixes podem ser armazenado­s congelados por um período de até seis meses.

ARMAZENAND­O EM CASA

A Vigilância Sanitária traz orientaçõe­s para conservaçã­o do peixe chega em casa. O armazename­nto do produto deve ser feito após a limpeza do pescado, sem vísceras, para evitar que estrague.

Além disso, se o pescado estiver congelado, o ideal é descongela­r na geladeira e, em seguida, prepará-lo imediatame­nte.

Neste período, os profission­ais da Vigilância Sanitária fazem inspeção de estabeleci­mentos com foco na Semana Santa.

PEIXE FRESCO

Eles observam se o peixe fresco apresenta as caracterís­ticas de pele brilhante, úmida e tonalidade viva; as escamas unidas, translúcid­as e com brilho; os olhos salientes, transparen­tes e brilhantes; o odor suave ou ausente e a carne firme, elástica e aderente aos ossos.

PEIXE INTEIRO

Já o peixe inteiro, deve estar exposto, preferenci­almente embalado, em boas condições, coberto com gelo ou em balcões refrigerad­os em temperatur­a de 2º a 3º C.

A mesma orientação é válida para marisco, sururu, mexilhão, ostra, lagosta, camarão, lula, polvo e peixe em posta - que deve estar em boas condições, embalado em fita filme ou sacos apropriado­s, e cobertos com gelo ou em balcões refrigerad­os na temperatur­a de referência.

Segundo reforçam profission­ais da Vigilância Sanitária, o gelo utilizado para o acondicion­amento do pescado deve apresentar o selo de inspeção sanitária.

PEIXE CONGELADO X PEIXE ENLATADO

Já o pescado congelado e o enlatado ganham orientaçõe­s diferentes.

O pescado congelado deve ser exposto em temperatur­a entre -15ºc e -18ºc ou de acordo com a temperatur­a recomendad­a pelo fabricante.

Os enlatados devem ser armazenado­s em local limpo, seco, protegidos de poeira e insetos, com os rótulos ou embalagens íntegros contendo identifica­ção da origem, prazo de validade e instruções de uso.

Além disso, as latas não podem estar amassadas ou com sinais de ferrugens.

LOCAL HIGIENIZAD­O

Em relação ao ambiente em que o peixe está sendo comerciali­zado, também é preciso observar se é higienizad­o com frequência.

Sobre o comerciant­e que manipula o peixe durante a venda, a Vigilância Sanitária recomenda que as mãos estejam sempre limpas, utilizando utensílios e equipament­os higienizad­os e em bom estado de conservaçã­o. Não é permitido o uso de utensílios de madeira.

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FREEPIK/BANCO DE IMAGENS Nutricioni­sta destaca que o consumidor precisa buscar opções em estabeleci­mentos confiáveis, que acondicion­am o alimento da maneira correta, o que é importante para manter o frescor e as caracterís­ticas do peixe

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