Exposição celebra o Carnaval de Pernambuco no Mepe
“Evoé - É Carnaval em Pernambuco” utiliza obras dos acervos do Mepe e do MAC, incluindo telas de nomes como Lula Cardoso Ayres, José Claudio e Bajado, além de indumentárias de patrimônios vivos
“Evoé”, expressão utilizada em festividades e rituais em homenagem a Dionísio no período Grego Romano, também dá título à exposição que celebra o Carnaval de Pernambuco no Museu do Estado, na Zona Norte do Recife, até o dia 17 de março. A visitação ocorre de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e sábados e domingos, das 14h às 17h.
É da antiguidade que data a origem da festa - já na Roma Antiga, tinha referências a Baco, Deus do Vinho e dos excessos. No Brasil, a miscigenação acaba se fazendo presente na construção da tradição - e são detalhes como esse que a exposição no Mepe aborda.
“Evoé - É Carnaval em Pernambuco” utiliza obras dos acervos do próprio Mepe e do Museu de Arte Contemporânea de Olinda (MAC), com telas, fotografias e indumentárias. A curadoria, realizada por Rinaldo Carvalho, diretor da instituição, selecionou em torno de 40 trabalhos de artistas pernambucanos.
OBRAS
Estão presentes obras assinadas por nomes como
Lula Cardoso Ayres, José Claudio, Bajado, Marisa Lacerda, Wilton de Souza e Maurício Arraes.
Também é possível conferir peças originais do Caboclo de Lança, Rainha e Rei do Maracatu, Papangus de Bezerros, Blocos Líricos, Afoxé e outras manifestações culturais.
A música, também presente na mostra, relembra os primeiros compositores de carnavais, marchinhas e os cantores de Pernambuco, como Nelson Ferreira, Claudionor Germano, Capiba, Maestro Aldemir Araújo, entre outros.
‘HOMENAGEM A PATRIMÔNIOS E ARTISTAS’
“O acervo do Mepe tem mais de 600 obras de artes. Aproveitamos esse momentos do carnaval e fizemos essa seleção de obras voltadas ao Carnaval. É uma homenagem aos patrimônios vivos e aos artistas renomados que se inspiraram na festa”, diz Rinaldo Carvalho.
“Para poder contextualizar, trouxemos as indumentárias originais desses patrimônios vivos, que envolve maracatus, caboclinhos, caboclo de lança, do frevo também, através do Bloco da Saudade”, continua.
“Conseguimos com isso fazer uma bela exposição. Ainda temos uma área destinada ao papangu de Bezerros, que nos cedeu algumas obras. Temos placas explicando a evolução das fantasias de papangu, desde a primeira até da quinta.”
HISTÓRIA
André Soares, historiador do Mepe, explica que a exposição, através das placas informativas, rememora a origem da festa no Brasil e em Pernambuco.
“O Carnaval começa a ganhar força no século 19, que é quando vai ter um maior fortalecimento dessa ideia. Mediante a isso, chegamos no século 20 com o frevo já consolidado e outras tradições anteriores, como o maracatu, que são incorporadas e passam a ter uma maior visibilidade principalmente com o movimento manguebeat”, diz.
“A exposição não tem, necessariamente, um marco temporal. Ela vai demonstrar elementos de séculos anteriores, chegando até a atualidade”.
SERVIÇO
● EVOÉ! - É Carnaval em Pernambuco!
Onde: Museu do Estado de Pernambuco (Avenida Rui Barbosa, nº 960, bairro das Graças)
Visitação: até 17 de março de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e sábados e domingos, das 14h às 17h
Quanto: R$ 10 e R$ 5 (meia)
Mais informações: museu.mepe@ gmail.com e (81) 3184-3170