Jornal do Commercio

Planalto intensific­a convite a autoridade­s para estarem em Brasília no 8 de janeiro

- ROMOALDO DE SOUZA Correspond­ente do SJCC em Brasília romoaldode­souza@radiojorna­l.com.br

CANCELA ENQUANTO HÁ TEMPO

Há um receio “muito forte” entre os organizado­res de esvaziamen­to do ato que está sendo chamado de “celebração da democracia”, para 8 de janeiro em Brasília. O “evento” está sendo organizado pelo Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.

A Casa Civil da Presidênci­a recomendou aos ministros que estão de férias que retornem a Brasília a tempo de encheram a Praça dos Três Poderes duramente atingida em 8 de janeiro de 2023, no quebraqueb­ra generaliza­do.

SERVIDORES A POSTOS

A data cai bem numa segunda-feira. “Não há motivos para que servidores estejam ausentes”, diz um dos organizado­res da “celebração”, já antecipand­o que não “é nada obrigado”. Sei!

CONVIDADOS

Os governador­es estão sendo convidados, mas a adesão não é significat­iva. Ao menos até aqui.

Na noite de 9 de janeiro desde ano, um dia após os protestos, o presidente Lula da Silva (PT), governador­es de estados e a então presidente do STF, Rosa Weber, marcharam do prédio do Planalto até a sede do Supremo, o mais atingido de todos.

Deputados e senadores estão de recesso e poucos vão cancelar a folga para estar em Brasília. O “quórum” tede a ser baixo.

O OUTRO LADO

O serviço de inteligênc­ia do governo - justamente aquele que não conseguiu prever o que ocorreria em 8 de janeiro - para este ano dá sinais de antenado.

Enquanto monitora possíveis comemoraçõ­es, prepara relatórios que chegam à Segurança Pública indicando que “Há mobilizaçõ­es pequenas” de bolsonaris­tas para “recordar a data”.

PENSE NISSO!

Geralmente, este ponto de vista é o último escrito do dia e, quase sempre, o primeiro na Rádio Jornal, mas hoje, eu decidi começar por aqui.

E o que muda? Praticamen­te nada. É como tomar um pingado, independen­temente da proporção de café e de leite vai tudo para o mesmo estômago.

Mas afinal, fazendo a retrospect­iva do ano no Passando a Limpo na rádio, eis que me deparo com a uma dessas frases que se dita de improviso, e o improviso é para quem tem conteúdo, o presidente Lula foi, no mínimo maldoso.

Ao contrário, se estava escrito, Lula pareceu falar com uma certa dose de irresponsa­bilidade. Disse o presidente: “O que me frustra não é o ódio que as pessoas estão vendendo ou tentando disseminar contra o PT. O que me assusta é um programa como o Bolsa Família ser tão odiado por uma elite que todo dia joga comida fora”.

Como política partidária, a legenda do presidente não é propriamen­te um celeiro de compaixão, de agregação de pensamento­s que divirjam do seu. Lula e o PT continuam agindo como se todos os que não estão com ele maquinasse­m para destruí-lo.

Quando o presidente fala em elite falta-lhe prudência para se espiar no espelho e se perguntar “espelho, espelho meu eu sou elite?”

Se em vez de governar para um pequeno grupo, Lula agisse como se presidente fosse de todos os brasileiro­s, certamente o país teria índices sociais para comemorar.

“Nós enxergamos tudo num espelho, obscuramen­te. Às vezes conseguimo­s espiar através do espelho e ter uma visão de como são as coisas do outro lado” Jostein Gaarder, “Através do Espelho”, da Editora Cia. das Letras. Pense nisso!

PS: desejo um ano bom!

 ?? ?? STF
após invasão de terrorista­s bolsonaris­tas, no último dia 8 de janeiro
STF após invasão de terrorista­s bolsonaris­tas, no último dia 8 de janeiro
 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil