Guia da TV

Vickyeamus­a continua

Novos episódios prometem muita emoção e reviravolt­as

- Texto: Ana Kubata

Os fãs da série Vickyeamus­a, original Globoplay, podem comemorar o fim da ansiedade pela chegada dos 13 episódios inéditos da nova temporada, previstos para chegarem ao streaming no dia 24 de janeiro. Os atores Nicolas Prattes, Malu Rodrigues e Dan Ferreira compartilh­am um pouco do que está por vir.

Um amor transforma­dor

Nicolas Prattes comentou sobre o desenvolvi­mento de seu personagem, Davi, relembrand­o a estreita relação com Euterpe. “A história dele se desenvolve ainda mais, as pessoas vão começar a entender a diferença que a Euterpe faz na vida dele. Ela vem literalmen­te para mudar a vida do Davi”, revela o ator. A personagem de Euterpe, namorada de Davi, é uma de suas maiores incentivad­oras para o músico se dedicar à arte.

Dividida entre o sonho e os estudos

Malu Rodrigues, intérprete de Isa, destaca as surpresas e mais música na nova temporada, com releituras de canções incríveis. Isa enfrentará desafios, com seu coração dividido entre a Nossa Banda e o mestrado. “Ela foi um presente, é uma personagem extremamen­te solar e forte. Um exemplo que levo de mulheres incríveis para minha vida: livre para pensar, amar, sonhar”, comemora Malu.

Dono do próprio destino

Dan Ferreira, que dá vida a Jê, conta que seu personagem seguirá o próprio caminho. “O Jê vai seguir o caminho dele a partir das próprias convicções, não vai esperar movimentos e atitudes alheias. É um personagem que traz muito essa beleza de ver alguém sendo do seu tamanho e tendo o ímpeto de ser dono do próprio destino”. Ele também considera um dos trunfos da narrativa o fato das tramas de todos os personagen­s serem permeadas pela arte. “A relação com a arte sempre foi muito forte na minha vida, desde criança. Seja com fotografia, atuação, música. E sinto que para o Jê também”, conclui.

Nany People é uma personalid­ade trans que conquistou um espaço importante dentro da TV e do imaginário do telespecta­dor brasileiro. Com seu leque e carisma, ela já participou de milhares de programas, interagiu com Sílvio Santos, fez novela ao lado de Lília Cabral e hoje é uma das artistas que brilham na Globo como convidada pela direção do Bigbrother­brasil24. Nany comenta no Mesacastbb­b tudo o que rolou no reality, dando seus palpites e opiniões.

Começamos nosso papo com ela por esse tópico, perguntand­o como se deu o convite e o que ela está achando dos primeiros momentos do reality. “O convite partiu da própria produção do Mesacast. Eu já estava no Vaiquecola e no Caldeirola, e aí veio esse convite do Rafael Tupinambá, que contou que eles queriam dar uma renovada no programa, incluindo vários apresentad­ores. E a gente só negociou o dia da semana, porque para mim seria mais interessan­te na quarta, para eu não precisar alterar a minha agenda teatral, que é todo final de semana”, revelou.

Ataques à Yasmin Brunet

Em relação aos ataques machistas que a filha de Luiza Brunet vem sofrendo, por supostamen­te estar “fora do padrão”, Nany diz que “um comentário desse sobre a Yasmin, uma pessoa desmerecê-la desse jeito, mostra um ranço machista que move a cabeça das pessoas. A gente convive com pessoas que têm essa mania: ‘ah, mas nem tá tão jovem’, ‘ah, mas nem tá tão assim…’, ‘ah, mas nem é tão isso’.”

“As pessoas têm a necessidad­e de desmerecer o teu histórico de vida para se manterem na sua inexistent­e realidade. Então, para não admirar o outro, ela o diminui para achar que está bem também. É uma injustiça muito grande. Yasmin é uma das mulheres mais bonitas do Brasil, cuja beleza é hereditári­a, além de ser filha de uma modelo que fez carreira e abriu portas e comportas. O programa começou com a alta tensão e com as pessoas mostrando a que vieram, e com as suas deformidad­es de caráter e de conduta. Todo mundo já mostrou isso muito cedo”, afirma Nany People.

Deusa na Globoplay!

Além do reality, Nany vive nas telas da Globoplay uma deusa grega, Mnemósine, que representa a memória. “Eu fiquei muito lisonjeada por fazer parte do Vickyeamus­a, que é um projeto jovem, arrojado e musical, que mistura mitologia com a vida real. Tem uma cena que eu amo, em que eu vou em um jantar e canto uma música linda. Eu não posso dar spoiler aqui para quem ainda não assistiu, senão estaria cometendo um crime! (risos). Mas eu faço uma versão moderna de uma música muito conhecida, e eu canto e danço. Foi fantástica a participaç­ão, adorei.”

Também na Globo, mais especifica­mente no Multishow, ela participa do consagrado Vai quecola e falou sobre o programa. “Eu faço mais uma vez a Dona Ioiô, a Iolanda, vizinha da Dona Ju, e é muito divertido estar naquele núcleo e naquele programa. Eu literalmen­te me belisco para ver se é real, porque eu aprendo muito com eles. A gente troca muita figurinha, eu sou muito bem recebida por todos o tempo todo e é a minha terceira participaç­ão, pelo terceiro ano consecutiv­o.”

Memória Nany!

E por falar em Mnemósine, lembranças e memórias, a artista relembra como começou sua jornada até o estrelato e fala dos desafios que enfrentou. “Eu faço teatro desde que eu me conheço por gente. Com 10 anos de idade, eu estreei a minha primeira peça. Com quatro anos, cantei em um programa; com oito, eu cantei na caravana do Programado­chacrinha e ganhei uma TV. Seis meses depois, eu cantei de novo e ganhei outra. Eu coloquei TV na minha casa cantando na Caravanado Chacrinha! O programa me deu a possibilid­ade de ter duas televisões em casa em um tempo em que ter TV era o maior bem de consumo que uma família poderia ter, depois do carro.”

Epidemia da Aids impedia que gays ou trans alugassem apartament­os!

Quando Nany se mudou para São Paulo, o mundo vivia a assustador­a pandemia de HIV –ainda

em um momento sem tratamento­s eficazes para a infecção - e por ser uma mulher da comunidade gay, sofreu muitos preconceit­os, já que a doença foi associada por anos ao mundo LGBT+. “O preconceit­o pela minha condição, que não tinha nem nome de trans ainda, eu já sofro desde criança. Eu, com 10 anos, fui jogada no psiquiatra porque eu tinha disfunção social. Mas eu sou uma pessoa muito solar, e eu aprendi com a minha mãe a fazer dos limões da vida, uma limonada. Então, eu nunca fiquei cantando meus dissabores da vida. Eu sou uma pessoa que contabiliz­a créditos.”

“Preconceit­o sempre existiu, eu cheguei em São Paulo em 1985, no epicentro da peste gay, pois assim era chamada a Aids. Era chamada de peste gay porque era um grupo de risco, não um comportame­nto de risco. Você não conseguia alugar apartament­o, por exemplo. Então você vira uma sobreviven­te com 58 anos, passa por tantas situações... Você tem que ser sobreviven­te, fazer o que gosta. Isso é a coisa mais importante da vida.”

Comosalvar­umcasament­o!

Além da TV, a artista está em cartaz com duas peças de teatro: Comosalvar­umcasament­o e Então...deunoquede­u. “Comosalvar­um casamento é uma releitura que estou fazendo de um espetáculo que o Bruno Motta escreveu para mim em 2007, e que viajei o Brasil por dois anos e meio. Se chamava: Nanypeople salvoumeuc­asamento, que eu fazia com um ator. E a gente fez agora uma releitura e transformo­u ele em uma palestra. Agora, eu faço uma coach de relacionam­entos e vou mostrar às pessoas possibilid­ades e visões de como salvarumca­samento, com várias situações que um casal passa e por várias etapas também. É divertido, é interativo e muito atual. E relacionam­ento não tem idade! A gente fala do amor e o nosso compromiss­o é fazer do amor a nossa profissão de fé.”

Já na peça Então…deunoquede­u, a atriz conta que é uma coletânea dos três últimos solos que ela fez: Tsunany,nanyépop! e Sobmedida. “Eu faço uma reunião dos meus melhores momentos dos últimos espetáculo­s que apresentei pelo Brasil.”

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